Entre cores vibrantes, vídeos de moda, fotos de paisagens e símbolos culturais, o “Brazil Core” virou febre nas redes e nas passarelas internacionais. No último verão europeu, a estética reapareceu com força, com desfiles, editoriais e hashtags bombando no TikTok, Instagram e Pinterest, além das ruas, mostrando que o Brasil (re) conquistou seu espaço no imaginário fashion global.
O mercado da moda reconheceu rapidamente o potencial comercial: peças do cotidiano brasileiro, como chinelos e as camisetas verdes e amarelas, foram reinterpretadas em coleções de marcas internacionais e nacionais, de Diesel a Farm, além de grifes emergentes, que exploram o tropicalismo e o espírito descontraído do país. E, não à toa, as Havaianas registraram pico de vendas internacionais, refletindo o interesse na estética brasileira.
A tendência se consolida também nos EUA, entre influenciadores e fashionistas que reinterpretam a brasilidade para o consumo global. Desde 2022, a camisa da seleção brasileira já aparecia em produções “fashion” fora do futebol, mostrando que o país tem apelo visual e simbólico.
Para especialistas, o Brazil Core valoriza elementos culturais e reforça o nosso “soft power”. Mas mencionam o risco de virar uma exportação vazia, sustentada por estereótipos que reduzem a complexidade do país a imagens clichês. Mas por enquanto, vamos aproveitar a onda — que está boa pro imaginário brasileiro — e surfar.