A Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), reafirmou que carnes processadas, como bacon, salsicha, presunto e salame, são comprovadamente cancerígenas. Elas foram classificadas no mesmo grupo de substâncias que o tabaco e o amianto, em razão da força das evidências que associam seu consumo ao câncer colorretal.
O comitê técnico responsável pelas diretrizes alimentares dos Estados Unidos também endossa a redução significativa no consumo dessas carnes. Em sua revisão científica de 2025, o comitê concluiu que padrões alimentares com menor ingestão de carnes processadas estão associados a menores taxas de câncer e doenças metabólicas.
Estudos recentes apontam que o consumo diário de 50 gramas de carne processada — o equivalente a um hot dog ou duas fatias de bacon — pode aumentar o risco de câncer colorretal em até 26% e o de diabetes tipo 2 em até 30%. A exposição contínua a substâncias químicas utilizadas na conservação desses alimentos, como nitritos e nitratos, está associada à formação de compostos cancerígenos no trato digestivo.
“O aumento contínuo no risco à saúde com o maior consumo de carne processada sugere que não há uma quantidade ‘segura’ em relação ao risco de diabetes ou câncer colorretal”, ressalta artigo publicado pela Universidade de Washington, em Seattle.
Especialistas em nutrição e saúde pública aconselham incluir na dieta proteínas mais saudáveis, como peixe, frango, ovos, grãos e leguminosas, bem como aumentar o consumo de fibras, frutas e vegetais. Eles ainda ressaltam que as pessoas devem evitar ou reduzir ao mínimo o consumo de carnes processadas, sal e gordura saturada.
