Estados Unidos

Onda de calor histórica pressiona preços e ameaça redes elétricas nos EUA

Calor misturado à seca eleva risco de inflação e apagões neste verão.

Alerta de calor extremo: crise climática afeta os EUA. Foto: Wikimedia Commons

O verão nem começou oficialmente no Hemisfério Norte, mas os termômetros já batem recordes em várias regiões dos EUA. O Central Valley na Califórnia tem enfrentado calor sufocante, e a previsão é de temperaturas ainda mais altas nas próximas semanas em estados como Texas, Arizona e Nevada. O cenário já preocupa autoridades e especialistas, que alertam para riscos de apagões, incêndios e impacto direto no bolso de quem vive no país.

A combinação de calor intenso com secas severas afeta diretamente a produção de alimentos e a geração de energia. No centro-oeste, as plantações de milho, soja e trigo estão sob pressão. Ao mesmo tempo, as redes elétricas que abastecem quase 90 milhões de pessoas correm risco de sobrecarga. Segundo o Bank of America, os preços da eletricidade podem disparar neste verão, especialmente entre Chicago e o Meio-Atlântico.

A situação nos EUA também é influenciada por fenômenos globais. Na China, o calor já causou derretimento de rodovias e ameaça a safra de trigo, pressionando os preços no mercado internacional. Na Europa, o calor extremo tem reduzido a produção eólica e solar, elevando ainda mais a demanda por gás natural. Esse movimento deve encarecer ainda mais a energia por aqui, impactando famílias e empresas.

Com o Atlântico aquecido e o El Niño enfraquecido, a temporada de furacões também promete ser intensa, aumentando a ameaça para estados costeiros como Flórida, Texas e Louisiana. “Estamos entrando num verão que pode ser não só o mais quente, mas também o mais caro e perigoso dos últimos anos”, disse o climatologista Daniel Swain, da UCLA.

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