Passaporte dos EUA fica fora do ranking dos mais poderosos do mundo pela primeira vez na história

O Henley Passport Index 2025, levantamento internacional que avalia os passaportes segundo o número de países que seus titulares podem visitar sem visto prévio, trouxe novidades significativas no ranking global de mobilidade. Pela primeira vez em mais de duas décadas, o passaporte dos Estados Unidos ficou fora do top 10, ocupando agora a 12ª posição, empatado com a Malásia, com acesso sem visto a 180 destinos. Até 2024, os EUA figuravam consistentemente entre os 7º e 9º lugares, permitindo acesso sem visto a até 186 destinos.

O estudo, que analisa 227 destinos e 199 passaportes, coloca Singapura no topo por permitir o acesso livre a 193 países, seguido por Japão e Coreia do Sul, com 190 destinos cada. Países europeus como Alemanha, França, Itália e Espanha também se destacam, mantendo posições de liderança graças aos acordos bilaterais amplos e à política de facilitação de vistos.

Entre os países latino-americanos, o Brasil figura em 19º lugar, empatado com San Marino, permitindo que seus cidadãos acessem 169 destinos sem a necessidade de visto prévio. A posição brasileira reforça o crescimento da influência internacional e da diplomacia de mobilidade, ampliando oportunidades para turistas e empresários.

Segundo especialistas, a queda do passaporte americano reflete não apenas mudanças nas políticas migratórias globais, mas também a falta de reciprocidade diplomática em acordos de isenção. Países como Brasil, China e Vietnã passaram a exigir autorizações eletrônicas ou vistos prévios para cidadãos americanos, como resposta a restrições impostas por Washington.

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