Um estudo da National Foundation for American Policy (NFAP) projeta que as políticas de imigração do governo dos EUA podem reduzir a força de trabalho em 6,8 milhões de pessoas até 2028 e 15,7 milhões até 2035. A análise aponta que a desaceleração no número de imigrantes terá efeitos diretos sobre o crescimento econômico e a produção de bens e serviços no país.
Segundo o levantamento, a redução de imigrantes no mercado de trabalho vai diminuir a taxa anual de crescimento do PIB de 1,8% para 1,3% até 2035, e provocará perda de $12 trilhões em produção no período. A NFAP estima ainda que a dívida pública aumentaria em $1,4 trilhão até 2035, pela queda na arrecadação e na produtividade.
O relatório atribui parte da contração à diminuição de imigrantes em setores essenciais, como agricultura, construção, tecnologia e saúde. O envelhecimento da população nativa agrava o quadro: menos trabalhadores estrangeiros significam menos profissionais disponíveis para sustentar áreas de alta demanda. Economistas temem que o cenário repita gargalos iguais aos da pandemia, quando a escassez de mão de obra afetou a cadeia produtiva e os preços.
Na Flórida, onde o setor agrícola depende fortemente de imigrantes, a previsão acende um alerta: o estado é um dos que mais sentiriam o impacto de uma queda, especialmente nas colheitas e na construção civil, segmentos que empregam milhares de pessoas com status migratório variado.
A NFAP conclui que as restrições migratórias podem acabar comprometendo o próprio dinamismo econômico dos EUA, reduzindo a competitividade global e a capacidade de inovação.