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Preso por matar família na Espanha é psicopata, diz laudo

Patrick Gouveia foi classificado como criminoso de alta periculosidade; ele matou e esquartejou o primo, a esposa e os dois filhos do casal

Patrick Gouveia está preso na Espanha por assassinar a família
Patrick Gouveia está preso na Espanha por assassinar a família

O brasileiro François Patrick Gouveia, assassino confesso de uma família paraibana em Pioz, na Espanha, foi enquadrado como uma “pessoa desprovida de empatia” e um psicopata com risco de reincidência. Os psiquiatras espanhóis o classificaram, ainda, como criminoso com alto grau de periculosidade. A revelação foi feita pela TVE da Espanha na segunda-feira (12), após ter acesso ao laudo psiquiátrico do suspeito pela chacina na Espanha, anexado ao processo que tramita na Justiça espanhola. As informações são do G1.

O exame psiquiátrico também classifica Patrick como uma pessoa consciente do que faz, muito inteligente e com total carência de sentimentos. Segundo os psiquiatras, o jovem possui uma absoluta falta de empatia e se mostrou incapaz de se colocar no lugar das suas vítimas. A análise de sanidade mental de Patrick foi solicitada pelo Ministério Público espanhol.

Os psiquiatras forenses estiveram com ele durante três sessões. O exame será uma das provas periciais para decidir a plena responsabilidade penal de Gouveia nos assassinatos do tio Marcos Campos Nogueira, da esposa dele, Janaína Santos Américo, e dos dois filhos pequenos do casal.

O brasileiro, que estava preso desde o dia 21 de outubro em Alcalá Meco, foi transferido para o presídio de Estremera, na província de Madri, no final do mês de novembro após receber ameaças de morte. Ele segue preso preventivamente na Espanha.

O jovem admitiu em depoimento à Justiça espanhola que planejou o crime e que decidiu matar toda a família porque matar apenas o tio dele, Marcos Campos, “parecia cruel”. Ele afirmou ainda que sentiu “necessidade de matar”. A declaração foi dada à Justiça de Guadalajara e a emissora de TV espanhola Antena3 teve acesso a trechos do depoimento.

De acordo com a imprensa, Patrick negou que havia agido por impulso e disse que foi até a casa da família do tio com a intenção de matar todos os parentes. “Matei os quatro porque matar apenas Marcos me parecia cruel. Não ia deixar uma família sem marido e sem pai. Não sofreram, não gritaram, foi muito rápido”, disse o jovem em depoimento.

Os corpos de Janaína Diniz, Marcos Nogueira e das duas crianças foram achados esquartejados em uma casa na cidade espanhola de Pioz em setembro, depois que um vizinho alertou sobre o mau cheiro perto da casa da família.

Segundo o jovem, não foi a primeira vez que ele sentiu vontade de matar alguém. “Três dias antes [do crime], senti a necessidade de matar. Isso acontece muitas vezes, desde os 12 anos. Quando isso acontece, eu bebo muito”, declarou o jovem.

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