A Procuradora-Geral da Louisiana, Liz Murrill, entrou com uma ação judicial contra a empresa Roblox, acusada de criar um ambiente que facilita a exploração sexual infantil e o aliciamento por predadores sexuais. A ação foi movida na quinta-feira (14) sob a alegação de que a companhia negligencia medidas de segurança essenciais, priorizando o crescimento financeiro em detrimento da proteção das crianças.
Segundo Murrill, a plataforma de jogos online se tornou “o lugar perfeito para pedófilos”, com relatos de que adultos utilizam softwares de alteração de voz para se passar por menores e aliciar crianças. A procuradora destacou falhas em recursos fundamentais, como a verificação de idade e o consentimento dos pais, que deixam os usuários mais jovens vulneráveis a abusos.
A ação judicial foi movida um mês após a empresa, com sede na Califórnia, anunciar que começaria a usar tecnologia de estimativa de idade facial para verificar se os usuários de bate-papos privados e não filtrados têm 13 anos ou mais. No ano passado, a Roblox expandiu os controles parentais para usuários com menos de 13 anos. Atualmente, não há idade mínima para usar o jogo online.
Segundo o processo, embora muitos usuários participem de atividades apropriadas para sua idade, a plataforma também abriga várias “experiências” sexualmente explícitas, como Escape to Epstein Island, Diddy Party e Public Bathroom Simulator Vibe.
Em resposta, a Roblox negou as acusações e afirmou ter implementado mais de 40 recursos de segurança, incluindo ferramentas de verificação de idade por inteligência artificial e moderação humana constante. A empresa admitiu que, embora alguns indivíduos mal-intencionados consigam contornar os sistemas, esforços contínuos estão sendo feitos para bloquear e relatar comportamentos abusivos.
