Sindicatos que representam milhões de professores e funcionários de escolas estão processando o governo dos EUA, alegando que a repressão migratória está aterrorizando crianças e professores, levando alguns alunos a abandonar as aulas.
No início deste segundo mandato, o governo republicano anunciou que permitiria prisões de imigrantes em escolas, locais que há décadas eram considerados “sensíveis” e protegidos por lei. A ação judicial, movida pelas duas maiores entidades de professores do país, a National Education Association e a American Federation of Teachers, argumenta que isso viola a lei.
O processo inclui o caso de uma escola infantil em Oregon, onde agentes mascarados quebraram o vidro de um carro para retirar o pai de um aluno pouco depois da chegada da criança. O incidente fez a escola entrar em lockdown, enquanto professores tocavam música para que os alunos não ouvissem a confusão.
Professores relatam aumento de ansiedade entre estudantes e queda na participação e presença de alunos imigrantes ou filhos de imigrantes. Alguns pais passaram a evitar serviços de educação especial por medo de fornecer informações à escola, e aulas de inglês para alunos estrangeiros registraram queda de matrícula.
Além das escolas, líderes de igrejas imigrantes que também estão no processo relatam que a presença de agentes de imigração diminuiu a frequência às missas. Os advogados afirmam que abrir igrejas e escolas para prisões viola direitos constitucionais e regulamentos que exigem que políticas governamentais não sejam “arbitrárias ou caprichosas”.