A adoção da Phoenix Declaration pelas escolas na Flórida está gerando debates entre educadores e famílias. O documento, criado pela Heritage Foundation, estabelece princípios conservadores para a educação pública, como patriotismo, formação de caráter, cidadania e excelência acadêmica. Não é currículo obrigatório, e sim um guia de valores para escolas e distritos.
Professores e pais relatam que a repercussão já é sentida nas escolas. Algumas instituições revisaram materiais de história e cívica para refletir as idéias do documento, enquanto outras ajustam práticas administrativas e atividades extracurriculares. A comunidade escolar percebe a valorização de “virtudes e amor ao país”, discurso que, na prática, pode limitar debates sobre diversidade cultural, gênero e abordagens críticas de ciência e história.
Organizações como a Florida Education Association e a Freedom From Religion Foundation seguem resistentes. Para elas, a Phoenix Declaration representa a tentativa de influência ideológica, reforçando valores religiosos e morais específicos e reduzindo a neutralidade acadêmica. Já defensores do projeto argumentam que ele promove transparência, envolvimento dos pais e excelência para os estudantes.
Mesmo sem mudanças obrigatórias imediatas, a declaração já alterou o clima educacional na Flórida. Pais, professores e especialistas estão atentos às adaptações em currículos e às decisões de cada distrito, e seguem divididos entre apoiar a promoção de princípios conservadores e questionar o impacto sobre pluralidade, liberdade acadêmica e diversidade no ensino público.