Imigração

Projeto de lei propõe green card para imigrantes com 7 anos de residência nos EUA

Senador da Califórnia quer atualizar regra de 1929 e permitir que imigrantes com 7 anos de permanência solicitem residência legal.

O senador Alex Padilla apresentou em Los Angeles projeto de lei para abrir caminho à residência legal para imigrantes com 7 anos nos EUA (Foto: Flickr)
O senador Alex Padilla apresentou em Los Angeles projeto de lei para abrir caminho à residência legal para imigrantes com 7 anos nos EUA (Foto: Flickr)

Em meio ao aumento das ações federais de fiscalização imigratória no sul da Califórnia, o senador Alex Padilla anunciou um projeto de lei que pode beneficiar milhões de imigrantes indocumentados. A proposta busca modernizar a antiga Lei de Registro de 1929 (Registry Bil), permitindo que imigrantes com residência contínua nos Estados Unidos por pelo menos sete anos possam solicitar a residência legal permanente.

Atualmente, a lei só permite essa regularização para quem vive no país desde 1º de janeiro de 1972, uma regra que está congelada há quase quatro décadas, e cuja última atualização foi em 1986. Segundo Padilla, a atualização é necessária para corrigir distorções e criar uma via legal realista para trabalhadores e famílias que contribuem com a economia americana, mas vivem sob o risco constante de deportação.

O projeto de Padilla retira a data fixa de corte e propõe um critério móvel, onde qualquer imigrante que comprove sete anos de permanência no país, sem antecedentes criminais e atendendo aos demais requisitos legais, possa aplicar para o green card. A expectativa é que a medida beneficie especialmente comunidades latinas e asiáticas, que concentram a maior parte dos indocumentados de longa data.

A proposta foi apresentada em coletiva de imprensa em Los Angeles, onde Padilla destacou o impacto humanitário e econômico da mudança, num momento em que o governo Trump intensifica operações de deportação no sul da Califórnia. Organizações de defesa dos imigrantes consideram o projeto um passo crucial, mas admitem que a aprovação deve enfrentar forte resistência no Congresso.

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