Comunidade

Quase um mês após crime, corpo de brasileiro morto a tiro na Califórnia ainda não foi liberado para translado

Até a manhã de quarta-feira (19), o corpo de Matheus Gaidos, morto após uma discussão envolvendo um cachorro, continuava em uma funerária de Oakland

Isabel Martines com o filho Matheus Gaidos, morto aos 27 anos. Foto: IG

Quase um mês após o brasileiro Matheus Gaidos ter sido assassinado a tiros depois de elogiar o cachorro de um homem, em Oakland, na Califórnia, o corpo do jovem ainda não foi liberado para translado até São Paulo, onde mora a família. “Vai fazer um mês e ainda não consegui realizar o translado para o sepultamento do meu filho. Todos os dias eu ligo para saber, porém eles falam que eu tenho que aguardar. Muito difícil isso. Eu não consigo entender o motivo de tanta demora. Desumano o que estão fazendo. O Consulado diz que não pode ajudar porque é a burocracia do país”, contou a mãe de Matheus, Isabel Martines, ao G1.

Até a manhã de quarta-feira (19), o corpo de Matheus continuava em uma funerária de Oakland. O crime aconteceu no dia 21 de junho. Matheus trabalhava entregando flores quando cruzou o caminho com um homem que passeava com animais de estimação. Segundo o boletim de ocorrência, houve uma discussão entre eles após o brasileiro fazer um comentário sobre um dos cães e o dono atirou. O suspeito foi preso no dia 6 de julho, em Chicago.

“Quando fiquei sabendo da morte do Matheus, eu comprei passagem no mesmo momento e fui para Oakland, onde foi o crime. Só que nem me deixaram ver o corpo, porque ele já tinha sido reconhecido e não precisavam que eu reconhecesse. Eu não o vi. Agora, eu só quero poder enterrar meu filho e que os responsáveis por essa crueldade fiquem presos”, contou a mãe.

Em nota, o Itamaraty informou que o “Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em São Francisco, tem prestado assistência consular aos familiares do nacional brasileiro”. “Em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, os consulados brasileiros poderão prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais”, diz o comunicado.

*com informações do G1

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