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Rússia bombardeia Ucrânia em maior ataque desde o início da guerra 

O ataque deixou pelo menos 19 civis mortos e 97 pessoas feridas em Kiev

Foto: Cortesia Oleksandr Ratushniak

A capital da Ucrânia, Kiev, foi fortemente bombardeada por mísseis russos na segunda-feira (10), deixando diversas regiões sem energia. Em um dos maiores ataques aéreos desde o início da guerra, em fevereiro, pelo menos 19 civis morreram e 97 ficaram feridos. A Rússia atacou outras cidades do país, indicando uma nova fase de escalada do conflito, que já dura sete meses e meio.

O bombardeio é uma retaliação à explosão que danificou a ponte que liga Crimeia e Rússia no sábado (8). “O regime de Kiev, por suas ações, se colocou no mesmo nível das formações terroristas internacionais, os grupos mais notórios. É simplesmente impossível deixar crimes como esse sem resposta. Esta manhã, por recomendação do Ministério da Defesa e de acordo com os planos do Estado-Maior russo, um ataque maciço com armas de longo alcance de alta precisão baseadas em ar, mar e terra, foi realizado contra instalações de energia, comando militar e comunicação ucranianos”, declarou o presidente russo, Vladimir Putin.

Logo após os bombardeios, civis lotaram a estação de metrô Vystavkovyi Tsentr, no centro, tentando fugir de novos ataques. A cidade vivia em relativa normalidade desde o início do ano, depois de um diálogo de paz que resultou na retirada das tropas russas dos arredores da capital ucraniana.

Segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia, a Rússia disparou cerca de 83 mísseis contra Kiev, Lviv e Zaporizhzhia, sendo 40 deles interceptados pelas forças de Kiev. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, declarou em rede social que está em negociação com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para reforçar a defesa aérea do país.

Em setembro, os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de ajuda de $2,6 bilhões para a Ucrânia e seus vizinhos. O recurso inclui $675 milhões em armas, munições e suprimentos e cerca de $1 bilhão em empréstimos de longo prazo para a Ucrânia comprar equipamentos bélicos dos Estados Unidos.

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