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Senado da Califórnia nomeia imigrante indocumentada para cargo público

Advogada mexicana vai trabalhar em comissão voltada para estudantes de baixa-renda

Lisbeth Mateo é advogada e foi eleita para cargo na Califórnia
Lisbeth Mateo é advogada e foi eleita para cargo na Califórnia (Foto: Larry Wilson)

DA REDAÇÃO – O Senado da Califórnia fez história na última semana ao apontar uma imigrante indocumentada para um cargo público. A advogada mexicana e ativista pró-imigrantes Lizbeth Mateo, de 33 anos, vai atuar em uma comissão voltada para estudantes com objetivo de garantir o acesso de jovens de baixa-renda (California Student Opportunity e Access Program Project Grant Advisory Committee).

Lisbeth postou no Twitter sua satisfação em ter sido nomeada e agradeceu a oportunidade.

“Na universidade eu sempre me perguntava se algum dia estaria em uma revista de direito porque muitas pessoas com o mesmo background que o meu estavam. Eu sempre busquei isso, mesmo sabendo que seria difícil, eu pensei que poderia acrescentar algo. Eu espero fazer a mesma coisa pela Student Aid Comission. Obrigada senador Kevin de León. Eu mal posso esperar para começar a trabalhar em uma função tão importante, aumentando as oportunidades para estudantes de baixa-renda”, disse a imigrante.  Ela acrescentou: “enquanto estudantes indocumentados se tornaram mais invisíveis em nosso estado, eles estão sub-representados em lugares onde as decisões são tomadas”.

O senador Democrata Kevin de Léon justificou sua escolha. “Com Donald Trump preocupado em construir muros, a Califórnia vai continuar a concentrar nas oportunidades. Lisbeth é uma mulher jovem, corajosa, determinada e inteligente, que tem se dedicado a lutar por aqueles que buscam seus direitos e um lugar neste País”.

Lisbeth se formou em Direito na Santa Clara University Law School em 2016 e foi aprovada na Califórnia bar em 2017. Ela veio para os EUA com os pais, aos 14 anos de idade. Ela se destaca por lutar pelo direito dos imigrantes indocumentados. Ela se enquadra nos requisitos exigidos para o Deferred Action for Childhood Arrivals – DACA – mas luta na justiça para obter os documentos, já que esteve no México em 2013, foi presa ao retornar e conseguiu ser liberada da prisão, e ainda não obteve os documentos.

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