O Senado avançou, na noite de domingo (9), com um acordo bipartidário para financiar parcialmente o governo federal até 30 de janeiro, abrindo caminho para encerrar o mais longo shutdown da história dos Estados Unidos. Aprovada em votação preliminar por 60 votos a 40, a medida contou com o apoio de oito senadores democratas, que se uniram aos republicanos na tentativa de destravar a paralisação de serviços públicos e restaurar o funcionamento de agências essenciais.
O texto também prevê a reintegração e o pagamento retroativo de trabalhadores dispensados ou afastados sem remuneração durante o período de paralisação, em uma tentativa de mitigar o impacto sobre milhões de famílias.
O documento segue para nova votação no Senado antes de ser encaminhado à Câmara. Caso aprovado, será enviado à assinatura do presidente. A expectativa é de que ele seja apreciado ainda nesta semana. Se aprovado integralmente, o acordo deverá encerrar formalmente o shutdown, restabelecer os serviços federais interrompidos, pagar salários atrasados e proteger funcionários de novas demissões até 30 de janeiro.
Enquanto republicanos comemoram o acordo, a votação expôs um racha dentro do partido. Lideranças como o senador Chuck Schumer e o deputado Hakeem Jeffries demonstraram resistência ao texto por não incluir a renovação imediata dos créditos tributários do Affordable Care Act (ACA) – também conhecido como Obamacare. O tema é considerado prioritário para a ala progressista, que aponta risco de aumento nos custos de seguro médico em 2026.
O shutdown interrompeu benefícios, atrasou pagamentos e suspendeu operações de agências ambientais, além de ampliar filas de segurança em aeroportos e causar cancelamentos de voos. Programas assistenciais, como o SNAP, também sofreram limitações. Economistas alertam que suspensões prolongadas afetam o crescimento nacional, reduzem consumo e prejudicam a confiança do mercado.
