O “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos pode estimular o Brasil a diversificar seus mercados, reduzindo a dependência do mercado norte-americano e ampliando parcerias comerciais com a Ásia, África e América Latina: é o que dizem especialistas em comércio internacional, apesar dos desafios iniciais que o país deve enfrentar. Há expectativa de aumento nos investimentos estrangeiros, especialmente vindos de economias emergentes como China e Índia, o que pode fortalecer a base produtiva brasileira e tornar a economia mais resiliente a choques externos.
Na quinta-feira (7), em palestra na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o aumento das tarifas comerciais nos EUA pode acabar protegendo o Brasil devido à baixa dependência comercial do país em relação aos americanos. Segundo ele, essa característica ajuda a reduzir o impacto direto das medidas sobre a economia brasileira, que pode até sair fortalecida dessa situação.
Galípolo também ressaltou a importância da política monetária brasileira, destacando a necessidade de manter a taxa Selic elevada para controlar a inflação. Além disso, ele defendeu o PIX como uma infraestrutura pública essencial para o sistema financeiro nacional, promovendo a inclusão digital e modernizando os pagamentos no país.