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Tempestade de poeira do Saara se aproxima da Flórida; alérgicos devem redobrar cuidados

Gigantesca massa de ar seco carregada de partículas do deserto saariano deve ficar sobre o Sunshine State por mais de uma semana, informaram os especialistas

Nuvem de poeira viaja pelo Atlântico (crédito: Imagem de satélite NASA)

A imensa nuvem de poeira que se deslocou do deserto do Saara, na África, há algumas semanas, e atualmente se move pelo Oceano Atlântico, é esperada para chegar a Flórida até esta sexta-feira (18), conforme informou a NASA.

Os meteorologistas esperam que a intensa massa de ar muito seco permaneça sobre o Sunshine State até o final da semana que vem; o que pode ser uma má notícias para os alérgicos, pacientes de covid-19 e pessoas com problemas respiratórios.

Além de impactar na qualidade do ar, o fenômeno também irá interferir no desenvolvimento de uma onda tropical que tem trazido muitas chuvas para o estado nas últimas semanas, transformando o clima de úmido para seco.

“Alguns dos sintomas que podem ser sentidos são  tosse, respiração ofegante, congestão no peito e dores no corpo”, disse à agência EFE, Richard Broyles, especialista em sistema respiratório do Florida Baptist Health, acrescentando que “em caso de febre um médico deve ser procurado”.

Alguns especialistas recomendam aos cidadãos usarem máscaras e evitarem atividades ao ar livre, dada a alta concentração de partículas na atmosfera.

Impulsionada por ventos fortes, a gigantesca tempestade de poeira saariana cruza o Atlântico todos os anos desde o norte da África até o Hemisfério Norte. Embarcações, inclusive, foram advertidas sobre a baixa visibilidade para navegação.

A poeira trazida para os EUA é composta por minúsculos fragmentos de minerais que já foram rochas no passado, conforme explicaram os cientistas da NASA, o que, de certa forma, fertiliza a vida dos oceanos e a vegetação. Além disso, o efeito no por do sol é espetacular, promovendo um show de luzes vermelho-alaranjadas a cada fim de tarde.

Em 2020, o fenômeno foi apelidado pelos cientistas de “nuvem de poeira Godzilla”, por ter se intensificado em relação aos anos anteriores.

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