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Temporada de furacões no Atlântico permanece calma

Pelo segundo ano seguido, o pico da temporada não tem nenhum sistema tropical ativo, o que deixa especialistas atentos para o que ainda está por vir.

Seis tempestades nomeadas se formaram em 2025, somente com Erin atingindo a categoria 5. Foto: Reprodução TV

A temporada de furacões no Atlântico começou 2025 de forma incomum: nenhum sistema tropical ativo é registrado no momento em que a atividade normalmente atinge o pico, em torno de 10 de setembro. Situação parecida só havia acontecido em 2016, e pela última vez em 1992, ano em que o furacão Andrew devastou partes do sul da Flórida, pouco depois de uma fase inicial tranquila.

Segundo meteorologistas do National Hurricane Center, o Atlântico deve permanecer calmo pelo menos até o final da semana. Porém, modelos preveem a possibilidade de formação gradual de um sistema tropical na próxima semana, a partir de uma onda que se move da África em direção ao Atlântico central ou oriental. Sistemas de previsão baseados em inteligência artificial, como o AIFS europeu e o Google DeepMind, apontam uma chance maior de desenvolvimento do que os modelos tradicionais.

Apesar das águas mais quentes do Atlântico, condição favorável para tempestades, a região está sendo dominada por ar seco e estável, o que dificulta a formação de novos ciclones. O fenômeno conhecido como cisalhamento do vento (diferença de vento entre camadas da atmosfera), que normalmente destrói tempestades em desenvolvimento, está em níveis baixos, mas ainda contribui para o cenário de inatividade.

Até agora, seis tempestades nomeadas se formaram em 2025, com apenas o furacão Erin atingindo a categoria 5 e impactando o Caribe e a costa leste dos EUA. O restante das tempestades foi relativamente curto e de menor intensidade, abaixo da média histórica para este período do ano.

Ainda existe cerca de 50% da temporada pela frente, concentrados nas sete semanas entre meados de setembro e o final de outubro, período crítico para o sul da Flórida. Especialistas reforçam que a preparação e atenção continuam sendo essenciais para moradores das áreas mais vulneráveis.

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