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Trump cancela proteção de imigrantes da Libéria e dá prazo de um ano para deixarem o País

Medidas semelhantes já haviam sido tomadas pela atual gestão contra cidadãos de El Salvador, Haiti e Nicarágua. Estima-se que decisão afeta 200 mil cidadãos do país africano

Filhos de imigrantes liberianos protestam contra decisão FOTO USAToday
Filhos de imigrantes liberianos protestam contra decisão FOTO USAToday

O presidente Donald Trump derrubou na terça-feira (27) a Proteção Diferida de Saída Forçada (DED, na sigla em inglês) de cidadãos da Libéria que estão nos EUA. Eles terão um ano para deixar o País ou regularizar sua situação imigratória. Estima-se que a medida vai afetar 200 mil pessoas. As informações são a Agência EFE.

“Por meio de consultas com os departamentos e agências executivas apropriadas e meus assessores, fui informado que as condições na Libéria melhoraram. A Libéria já não está vivendo um conflito armado e alcançou avanços significativos no restabelecimento da estabilidade e da governança democrática”, afirmou Trump em um memorando presidencial.

A permissão cancelada havia sido renovada pelo então presidente Barack Obama em 2016, com validade até o próximo dia 31 de março.

Na nota, Trump acrescentou que os liberianos têm agora 12 meses para deixar os EUA, um período que considerou “apropriado” também ao governo da Libéria para reabsorver os cidadãos que retornem ao seu país de origem.

A medida de Trump, que já era esperada, vinha sendo criticada nas últimas semanas por organizações defensoras dos direitos civis.

Em janeiro, o governo Trump já havia retirado o Status de Proteção Temporária de quase 200 mil salvadorenhos. Em meses anteriores, a Casa Branca havia feito o mesmo com o status dos cidadãos do Haiti, que beneficiava quase 60 mil pessoas, e da Nicarágua, que garantia a residência de outras 5.000.

Guerra civil

Em 1991 o ex-presidente democrata Bill Clinton outorgou aos liberianos um Status de Proteção Temporário (TPS) devido à guerra civil que assolava o país (1989-1997), e de novo em 1999, quando houve um novo foco do conflito nesse país do leste da África.

Por sua vez, em outubro de 2007, o ex-presidente George W. Bush transformou o TPS em DED, proteção que vinha sendo prorrogada até agora.

Na segunda-feira, mais de 50 congressistas enviaram uma carta a Trump para pressionar o presidente e tentar fazê-lo mudar de ideia, sem sucesso.

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