O presidente Donald Trump determinou na segunda-feira, 16, o bloqueio “total e completo” de embarcações de transporte de combustível que entram e saem da Venezuela. A decisão marca o acirramento do conflito entre os dois países e uma das mais duras ações já adotadas por Washington contra o governo de Nicolás Maduro. Especialistas destacam que a iniciativa pode ser interpretada como ato de guerra ou bloqueio naval de fato, tradicionalmente sujeito a autorização do Congresso americano ou respaldo de instâncias multilaterais.
A ordem autoriza a interceptação de navios ligados ao comércio de petróleo que estejam sob sanções dos Estados Unidos. Analistas apontam que a restrição deverá encarecer o transporte marítimo, elevar prêmios de seguro e reduzir drasticamente o número de empresas dispostas a operar com petróleo venezuelano, mesmo quando não há interceptação direta. O efeito prático é um isolamento ainda maior do setor energético do país.
O bloqueio pode agravar ainda mais a crise econômica venezuelana, com impactos indiretos sobre importações, abastecimento e arrecadação do Estado. Caracas classificou a medida como uma “ameaça grotesca” e uma violação do direito internacional, acusando os EUA de tentar controlar e se apropriar das riquezas naturais venezuelanas. Autoridades do país afirmaram que avaliam levar o caso a organismos internacionais, como a ONU.
Com informações da Reuters.
