O governo do presidente Donald Trump desativou ou reduziu significativamente uma série de programas federais voltados à prevenção de ataques terroristas e da violência doméstica nos Estados Unidos. Um deles é o Quiet Skies, que realizava o monitoramento secreto de passageiros em voos comerciais com o objetivo de identificar potenciais ameaças antes do embarque. O Departamento de Segurança Interna (DHS) justificou sua descontinuação alegando falta de eficácia comprovada e alto custo operacional, estimado em cerca de $ 200 milhões por ano.
Outra mudança significativa ocorreu no Centro de Programas de Prevenção e Parcerias (CP3), braço do DHS responsável por coordenar esforços contra a radicalização e ataques de “lobos solitários”. O centro, que sofreu cortes profundos em equipe e orçamento, enfrenta ainda uma crise interna com a nomeação de Thomas Fugate para sua liderança, o que resultou na renúncia do seu antecessor, Bill Braniff.
Além disso, o governo cancelou o financiamento do banco de dados da Universidade de Maryland, um projeto nacional que registrava casos de terrorismo doméstico, crimes de ódio e tiroteios em escolas, que era amplamente utilizado por pesquisadores, jornalistas e autoridades policiais.
Também foram canceladas ou sofreram cortes de recursos outras iniciativas voltadas à prevenção da radicalização, ao treinamento de policiais e ao combate ao extremismo online. As mudanças refletem uma alteração nas prioridades dentro do DHS e do FBI, que tiveram seus focos redirecionados para políticas de imigração e segurança de fronteira, em detrimento do combate ao extremismo doméstico.