Na noite de terça-feira (15), o presidente Donald Trump mostrou a aliados republicanos um rascunho de carta para destituir Jerome H. Powell, presidente do Federal Reserve (Fed). Durante a reunião, que inicialmente discutiria um projeto sobre criptomoedas, Trump sondou os congressistas sobre a demissão, indicando que a decisão seria iminente. Ele criticou Powell, nomeado por ele em 2017, por não reduzir os juros como esperava, enquanto outros bancos centrais adotam políticas mais agressivas. Trump também atacou os custos da reforma da sede do Fed, iniciada em 2021 e que já ultrapassa em $700 milhões o orçamento, chegando a mais de $2 bilhões.
Durante o encontro, a deputada republicana Anna Paulina Luna, da Flórida, publicou em redes sociais que “Jerome Powell será demitido”, aumentando as especulações. Contudo, aliados próximos indicam que Trump pode recuar e limitar suas ações a ataques verbais contra o presidente do Fed, como fez em outras ocasiões.
Segundo a legislação americana, o presidente dos EUA não pode demitir o presidente do Fed sem justa causa — que geralmente significa má conduta grave ou negligência, e não discordância sobre política monetária. A Suprema Corte reforçou essa proteção em maio de 2025, tornando ainda mais difícil uma demissão arbitrária. Powell está no cargo até maio de 2026, mas pode permanecer como membro do Conselho do Fed até 2028.