O presidente Donald Trump gerou controvérsia ao compartilhar um vídeo feito por inteligência artificial (IA) no qual ele despeja fezes sobre manifestantes na Times Square, em Nova York. A publicação ocorreu no sábado (18), mesma data em que milhares de cidadãos participaram de uma nova rodada de manifestações intituladas “No Kings”, contra as políticas do governo. A primeira mobilização ocorreu em 14 de junho, data do aniversário do republicano.
No conteúdo, postado na Truth Social, Trump é representado usando uma coroa e pilotando um jato fictício chamado “King Trump”. Líquidos de cor marrom são despejados da aeronave diretamente sobre pessoas que protestam nas ruas, em uma representação satírica e controversa da tensão política que marca o país.
Ele afirmou ainda que a mobilização foi pequena e que os manifestantes não representavam a população em geral. Além disso, negou que se considerasse um “rei”, apesar da representação simbólica no vídeo.
O cantor Kenny Loggins, cuja música Danger Zone foi utilizada como trilha sonora, exigiu a retirada da canção do vídeo, afirmando que não autorizou o uso. Já a apresentadora Sunny Hostin, do programa The View, classificou a ação do republicano como “não presidencial”, ressaltando os riscos de normalização de comportamentos inadequados por figuras públicas.
Especialistas em ética e política alertam para os perigos do uso de deepfakes e conteúdos gerados por IA em campanhas e debates públicos. Eles destacam que essas ferramentas podem distorcer a realidade e influenciar a percepção do público, aumentando a polarização política.
