Donald Trump afirmou na segunda-feira (18) que pretende liderar um movimento para eliminar a votação por correio, e prometeu assinar uma ordem executiva “para trazer honestidade às eleições de mid term (meio de mandato) de 2026″. Ele criticou o método, alegando que seria fonte de fraudes, e também classificou as máquinas de votação como caras e imprecisas, afirmando, incorretamente, que os EUA seriam o único país a usar votação por correio.
Apesar das declarações, é a Constituição quem confere aos estados a autoridade para definir os “tempos, locais e formas” das eleições: apenas o Congresso pode alterar leis estaduais sobre votação.
Em publicações na rede Truth Social, Trump afirmou que os estados seriam “apenas agentes” do governo federal na contagem de votos e criticou a vantagem que votos pelo correio teriam dado a Democratas em eleições passadas. Ele também mencionou que discutiu o tema com o presidente russo Vladimir Putin durante encontro no Alasca, alegando que o líder russo teria concordado com sua avaliação sobre a eleição de 2020.
Na Flórida, a proposta teria repercussão imediata. Em 2020, mais de 4,8 milhões de eleitores no estado votaram pelo correio, além de milhões que utilizaram o voto antecipado presencial. A eliminação dessas opções concentraria todo o processo em um único dia, pressionando locais de votação em cidades densamente povoadas como Miami e Orlando.
Uma mudança de tamanha dimensão poderia impactar tanto a participação dos eleitores quanto a rapidez na definição dos resultados.
