Brasil

Remédio mais caro do mundo chega ao SUS para tratar AME

Medicamento inovador para Atrofia Muscular Espinhal (AME) em crianças será disponibilizado em até 180 dias.

Um medicamento inovador no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal (AME), o Zolgensma, será incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) após um acordo de compartilhamento de risco firmado entre o Ministério da Saúde do Brasil e a farmacêutica Novartis. A AME é uma doença rara e degenerativa que afeta principalmente crianças, comprometendo o sistema motor e, em casos graves, pode levar à morte. O Zolgensma é considerado um dos medicamentos mais caros do mundo, com uma dose custando cerca de 2,5 milhões de dólares (aproximadamente R$ 15 milhões).

O alto custo do Zolgensma está relacionado à sua tecnologia de ponta. O medicamento utiliza uma terapia genética inovadora que corrige o gene defeituoso responsável pela AME, proporcionando uma vida mais longa e saudável para as crianças afetadas. Ele é administrado em uma dose única, e o preço elevado reflete a complexidade da produção e pesquisa necessárias para sua fabricação.

No Brasil, o acordo de compartilhamento de risco estabelece que o pagamento pelo SUS será feito conforme os resultados do tratamento, ou seja, o governo só pagará pelo medicamento se ele mostrar a eficácia esperada. Esse modelo visa garantir que o investimento seja proporcional ao sucesso do tratamento, especificamente para crianças com AME tipo 1, com até seis meses de idade, que não necessitam de ventilação invasiva.

Além do Zolgensma, o SUS já oferece outras opções de tratamento para a AME, como os medicamentos nusinersena e risdiplam, que são de uso contínuo. A introdução do Zolgensma amplia as alternativas terapêuticas disponíveis, representando um avanço significativo no tratamento de uma condição que até recentemente tinha poucas opções.

O medicamento deverá estar disponível no SUS em até 180 dias, representando uma grande conquista para o sistema público de saúde e uma esperança renovada para as famílias afetadas pela AME. O investimento do governo brasileiro em pesquisas e na incorporação de tratamentos para doenças raras reflete um compromisso em garantir acesso à medicina de ponta para todos, independentemente de condição financeira.

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