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USCIS desbarata quadrilha que fraudava casamentos em Miami

Três são presos e dois têm cidadania americana revogada

DA REDAÇÃO (com Univision) – O serviço de imigração americano (U.S. Citizenship and Immigration Services – USCIS) condenou no mês passado Inaldo Chavez e Caridad Baez, de Hialeah (FL), e Masiel Puron, de Marathon (FL), réus confessos numa acusação de fraude imigratória. Organizadores do esquema, Chavez e Baez foram condenados a 21 meses de prisão e tiveram a sua cidadania americana revogada, com cancelamento de seus certificados de naturalização.

Puron, responsável por aliciar indivíduos dispostos a participar da fraude, foi condenado a 10 meses de cadeia. Outros acusados já haviam sido condenados em junho passado e receberam condenações diversas. Vários imigrantes indocumentados cúmplices do esquema entregaram-se ao Immigration and Customs Enforcement (ICE) para serem deportados.

Um agente do USCIS suspeitou de fraude em algumas petições de green card associadas ao esquema e encaminhou os casos para o departamento de detecção de fraudes (Fraud Detection and National Security) do USCIS. A investigação constatou a fraude e entregou o caso para a ação do ICE.

“O USCIS não tolera fraudes imigratórias”, disse Linda Swacina, diretora do distrito de Miami do USCIS. “Qualquer um que tente se aproveitar da hospitalidade americana de forma fraudulenta precisa entender que o USCIS está comprometido em assegurar a integridade do nosso sistema imigratório e que, ao lado de nossos parceiros da lei, vai processar todos os que cometem fraudes até o limite máximo da lei.” Swacina cumprimentou o escritório da Procuradoria Geral dos EUA na Flórida pela sua atuação no caso.

De acordo com os autos do processo, entre maio de 2011 e fevereiro de 2014, Chavez e Baez, junto com outros aliciadores, arranjaram casamentos fraudulentos entre residentes permanentes ou cidadãos americanos e estrangeiros, com o objetivo de obter o green card para os imigrantes. Eles cobravam uma taxa para ararnjar o casamento fraudulento, notarizavam as licenças de casamento e outros documentos necessários, preparavam a documentação imigratória e treinavam os indivíduos para a entrevista no USCIS.

Os cidadãos americanos e residentes permanentes cúmplices da fraude também cobravam dos indivíduos uma taxa de participação nos casamentos fraudulentos, que eram realizados no Southern District of Florida. Além de promover as fraudes, Chavez e Baez obtiveram a cidadania americana mentindo sobre suas atividades ilegais nas petições de naturalização apresentadas e durante a entrevista para a aprovação. Por terem mentido, tiveram a cidadania revogada e seus certificados de cidadania cancelados.

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