Brasil

Venezuela nega responsabilidade por manchas de petróleo na costa do Nordeste

Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia aponta que petróleo veio da Venezuela

Manchas na praia de Sergipe (Foto: Adema/Governo de Sergipe)
Manchas na praia de Sergipe (Foto: Adema/Governo de Sergipe)

DA REDAÇÃO – Um estudo realizado pelo Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) aponta que o petróleo que atinge o litoral do Nordeste veio da Venezuela. A informação foi divulgada pela diretora da entidade, a pesquisadora Olivia Oliveira, durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (10).

“Nossos estudos agroquímicos evidenciam que o óleo é proveniente de uma bacia da Venezuela. Foram diversas análises geoquímicas, a partir da coleta dessas amostras. Esse trabalho realmente revelou que se trata de um petróleo produzido na Venezuela”, afirmou Olivia.

A empresa estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) informou, que até o momento, nenhum de seus clientes ou subsidiárias relatou a ocorrência de vazamento de petróleo de origem venezuelana próximo à costa brasileira.

Em nota, a petrolífera afirma não haver evidências de derramamentos de óleo nos campos de petróleo da Venezuela que possam ter atingido a região Nordeste, causando danos ao ecossistema marinho brasileiro.

“Reiteramos que não recebemos nenhum relatório no qual nossos clientes e/ou subsidiárias relatam uma possível avaria ou vazamento nas proximidades da costa brasileira, cuja distância com nossas instalações de petróleo é de aproximadamente 6.650 km, via marítima”, sustenta a PDVSA.

O ministro do Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, descartou a hipótese de que a PDVSA ou o Estado venezuelano tenham qualquer responsabilidade pelo petróleo que atinge a costa brasileira.

Manchas no Nordeste 

Mais de 130 praias já foram afetadas pelo problema em todo o Nordeste. Há registro em todos os nove estados da região. A Bahia foi o último a ser atingido.

O Tamar suspendeu a soltura de filhotes de tartaruga nas regiões afetadas, para preservar os animais que são desovados na Bahia. Segundo o Projeto, os filhotes correm risco de morte se entrarem em contato com a substância.

Além das investigações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), Marinha do Brasil e outras instituições do Nordeste e do Brasil, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) tentam descobrir a origem da mancha.

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