Passar pela fronteira dos EUA ficou mais demorado para alguns viajantes internacionais. Agentes da Customs and Border Protection (CBP) aumentaram significativamente as revistas em celulares, laptops e outros dispositivos eletrônicos, com um crescimento de quase 17% em relação ao pico anterior, registrado em 2022.
Essas inspeções, porém, não atingem todos os viajantes. Algumas são aleatórias, enquanto outras podem ser baseadas em perfil de risco, histórico de viagens ou requisitos legais específicos. Durante a checagem, os agentes podem pedir para desbloquear dispositivos e conferir fotos, mensagens e aplicativos, em busca de qualquer sinal de ameaças à segurança, contrabando ou violação de leis de imigração e comércio.
Mesmo que a maior parte dos viajantes passe pela fronteira sem problemas, a prática pode gerar atrasos e exigir paciência. E a recomendação é: manter os dispositivos carregados para ligá-los, caso solicitado; fazer backup de dados importantes antes de viajar; cooperar com os agentes (pois recusar o acesso pode atrasar ou impedir a entrada); e proteger seus dados com senhas ou biometria, mas estar preparado para desbloquear legalmente.
O aumento das revistas coincide com políticas migratórias mais rígidas e com o aumento de verbas que órgãos como o Department of Homeland Security e o ICE receberam, intensificando a fiscalização nos portos de entrada.
Nos últimos meses, turistas europeus cancelaram viagens aos EUA, enquanto o fluxo de visitantes canadenses registra queda há sete meses consecutivos. Sindicatos e especialistas alertam que a combinação de medidas restritivas e incerteza jurídica pode afetar a experiência de viagem, mas ressaltam que a maioria dos turistas passa pela fronteira normalmente.
