O início do ano letivo em várias partes dos Estados Unidos, como Miami-Dade, Los Angeles e Nova York, tem sido marcado por um clima de apreensão entre algumas famílias imigrantes. Para esses pais, a volta às aulas significa não somente preocupação com a educação dos filhos, mas também o medo de ações de fiscalização migratória que podem eventualmente resultar na separação das famílias.
Em Miami-Dade, onde mais de 82 mil estudantes são aprendizes de inglês, muitos vêm de famílias com status migratório misto. Embora agentes federais possam entrar em áreas públicas das escolas, para acessar salas de aula ou escritórios administrativos é necessário um mandado judicial válido ou consentimento explícito da administração escolar. Mesmo assim, a cooperação crescente entre autoridades locais e o ICE (U.S. Immigration and Customs Enforcement) tem causado ansiedade e receio entre as famílias.
Esse cenário se repete em grandes distritos escolares, como Los Angeles Unified School District (LAUSD) e New York City Department of Education (NYCDOE), que também possuem grandes populações de estudantes imigrantes. Nessas regiões, há relatos de pais preocupados com questionamentos relacionados ao status migratório durante o período escolar.
Especialistas e organizações que acompanham os direitos dos imigrantes destacam que o medo de fiscalização afeta não só o bem-estar emocional das crianças, mas também o clima e o aprendizado nas escolas. Por isso, ressaltam a importância de medidas que promovam segurança e apoio para essas comunidades durante o ano letivo.