Estados Unidos Manchete

Walmart enfrenta boicote nacional após recuar em políticas de diversidade e inclusão

A mobilização ganhou força nesta semana com o movimento "Walmart Blackout", convocado pelo grupo People's Union USA

Especialistas em responsabilidade corporativa alertam que o retrocesso nos programas de diversidade pode representar um risco de imagem e reputação para as marcas
Especialistas em responsabilidade corporativa alertam que o retrocesso nos programas de diversidade pode representar um risco de imagem e reputação para as marcas (Foto: Wikimedia)

O Walmart enfrenta uma onda de críticas e um boicote nacional nesta semana, com o movimento Walmart Blackout”, convocado pelo grupo People’s Union USA, que teve início na terça (20) e seguirá até 26 de maio. A ação, organizada pelas redes sociais, visa pressionar a empresa a retomar suas iniciativas ligadas aos programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), que vem sofrendo cortes significativos desde novembro do ano passado. O fechamento do Center for Racial Equity e a suspensão de patrocínios a eventos do orgulho LGBTQ+ foram algumas das medidas adotadas pela rede varejista.  

Em resposta, o Walmart afirma que continua comprometido com a diversidade e a inclusão, mas que está ajustando suas estratégias para melhor atender às necessidades de seus clientes e funcionários. Analistas preveem impactos ainda incertos no faturamento da companhia, e reconhecem que o movimento simboliza a polarização crescente em torno do papel social das corporações.

Além do Walmart, empresas como Amazon, Google, Meta e Salesforce também revisaram ou cortaram seus programas de diversidade nos últimos meses. Especialistas apontam que a tendência está ligada a pressões políticas, incluindo ações de grupos conservadores e legislações estaduais contrárias a políticas de identidade e equidade.

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