COLABORAÇÃO / No Ângulo do Gol / Leonardo Macedo @noangulodogol
Definida a grande final do maior torneio continental do planeta na temporada 2024/25: Paris Saint-Germain e Internazionale se enfrentarão na Allianz Arena, em Munique no próximo dia 31. Para os fãs supersticiosos da equipe francesa, que busca a primeira conquista, sempre tivemos um campeão inédito quando a cidade alemã da Baviera recebeu a finalíssima da Champions League. A Inter de Milão tentará o tetra, tendo a sua última conquista em 2010 sob o comando de José Mourinho diante do Barcelona de Pep Guardiola e Messi.
E por falar em Inter e Barcelona, são necessárias poucas palavras para descrever uma partida histórica na qual as imagens e as emoções já demonstram por elas só. A ida na Catalunha já havia sido incrível, mas eis que o estádio San Siro recebeu certamente um dos melhores jogos de semifinal dos últimos tempos, coincidentemente com o mesmo placar no tempo normal. O conjunto de Simone Inzaghi controlou o Barça no primeiro tempo e abriu 2 a 0, mas recordando o que se passou na Espanha, evidentemente não havia nada definido. O Barcelona voltou em máxima potência e fez um segundo tempo praticamente perfeito, colocando os italianos nas cordas e sem soluções. E virou. Mas nos enredos e catarses que apenas os “Deuses do Futebol” sabem criar, o zagueiro Acerbi empatou aos 48 minutos logo após Lamine Yamal acertar a trave. Na prorrogação, a estrela de Inzaghi brilhou ao colocar Frattesi, autor do gol da revirada que levou os nerazzurris às lágrimas. Ainda tivemos Lewandowski perdendo um gol feito e o goleiro Sommer (nome do jogo sem a menor dúvida com ao menos quatro defesas difíceis) operando um milagre em outro arremate de Yamal. Raphinha, que havia virado na etapa final, chorou ao apito final. Num esporte cheio de injustiças, um jogo para os livros.
Na outra semifinal, PSG e Arsenal jogaram no estádio Parc Des Princes, e embora a equipe francesa já tivesse chegado com a vantagem mínima, a impressão foi que ela era quem precisava buscar o resultado. O time londrino (que perdeu a vaga em casa) não conseguiu imprimir um ritmo de uma equipe em desvantagem e o PSG foi quem saiu na frente com um balaço de Fabián Ruiz. Na etapa final, apesar de Donnarumma ter feito uma grande defesa em finalização de Saka, o time de Luís Enrique seguiu muito perigoso. Vitinha perdeu um pênalti salvo por Raya, porém logo depois Hakimi ampliou em outra forte finalização. O Arsenal tentou voltar ao confronto com Saka marcando em jogada iniciada em falha de Marquinhos, porém o jovem inglês perdeu um gol inacreditável que poderia desencadear ares de emoção extrema. Não ocorreu, e os franceses fizeram a festa em Paris.
Esta inédita final será disputada entre duas equipes que não estavam nos holofotes quando a temporada se iniciou. Mas, ambas têm coletivos excelentes e a promessa é de um jogaço no final do mês.
