A partir de outubro de 2025, os candidatos terão de se preparar para responder a um exame cívico mais extenso, que volta a ter 128 perguntas. De acordo com o Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS), durante a entrevista o avaliador selecionará 20 perguntas orais, das quais o candidato precisará acertar ao menos 12 para ser aprovado. Caso o candidato erre nove respostas, a prova será automaticamente interrompida. Aqueles que não forem aprovados terão uma segunda chance, mas se falharem novamente, a solicitação será negada.
Outros requisitos para requerer a cidadania incluem: viver no país como residente permanente legal por pelo menos 3 ou 5 anos, dependendo do caso; saber ler, escrever e falar inglês; e ter compreensão básica da história e do sistema político americano. Pessoas com 65 anos ou mais, que residam nos Estados Unidos como permanentes por 20 anos ou mais, precisam estudar apenas 20 perguntas e podem realizar o teste de cidadania no idioma de sua preferência.
A mudança retoma o modelo implementado em 2020, no primeiro governo de Donald Trump, que havia sido alterado pelo ex-presidente Joe Biden, sob a justificativa de que as questões adicionais criavam barreiras desnecessárias para imigrantes legais que buscavam a cidadania. Anteriormente, no teste vigente desde 2008, os candidatos estudavam um conjunto de 100 questões e precisavam acertar 6 de 10.
Também foi restabelecida uma prática antiga, conhecida como “verificação de vizinhança”, que consiste em enviar investigadores do governo para entrevistar vizinhos e colegas de trabalho dos candidatos, avaliando sua elegibilidade. Advogados e grupos de defesa de imigrantes consideram as alterações um obstáculo adicional para estrangeiros que já vivem legalmente no país e cumprem todos os requisitos para a cidadania.