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Flamengo confirma declínio e Palmeiras assume a liderança

O Palmeiras tomou o posto do Flamengo, que, apesar da sofrida classificação na Libertadores, já não vinha apresentando um futebol de líder

O Palmeiras, de Flaco Lopez, é o novo líder do Brasileirão (Foto: Wikimedia)
O Palmeiras, de Flaco Lopez, é o novo líder do Brasileirão (Foto: Wikimedia)

COLABORAÇÃO / No Ângulo do Gol / Leonardo Macedo @noangulodogol

O Campeonato Brasileiro teve uma alteração em sua posição mais nobre: em meio a uma disputa feroz nos bastidores no que se refere aos direitos de transmissão da LIBRA, o Palmeiras tomou o posto do Flamengo, que, apesar da sofrida classificação na Libertadores, já não vinha apresentando um futebol de líder ao menos desde o empate com o Vasco. O Alviverde, sob o comando da dupla Flaco-Roque, comprovou ser o time de melhor rendimento na atualidade em território nacional, e ainda poderá ampliar a vantagem na ponta neste sábado, em compromisso adiado diante do Juventude, no Allianz Parque.

Não que a equipe de Abel Ferreira irá sempre apresentar aquele futebol plástico das partidas mais recentes em sua casa, mas com o passar dos dias, o Palmeiras demonstra cada vez mais o seu poder mental e a aptidão para buscar resultados praticamente perdidos. A virada contra o São Paulo foi comparada com a de 2023 sobre o Botafogo, e o desenrolar da rodada fez com que o Verdão se tornasse o único time a depender unicamente de si para ser campeão.

Em que pese a tenebrosa arbitragem do futebol brasileiro, que talvez tenha atingido o fundo do buraco na rodada passada, com as inacreditáveis lambanças no Choque-Rei (e no duelo Bragantino x Grêmio), seria uma temeridade e até uma desconexão com a realidade atribuir a perda da liderança do Fla a apenas um problema que, como bem disse o lateral gremista Marlon, “precisa de profissionalização”. Os cariocas vêm de apenas uma vitória nos últimos cinco jogos (incluindo a derrota em La Plata), tendo empatado os últimos três como mandante, diante de Grêmio, Vasco e Cruzeiro. Porém o mais alarmante é o fraco desempenho, que se repetiu na derrota diante do Bahia, e as expulsões de Danilo e Wallace Yan foram retratos de um time apático, disperso e descontrolado. O triunfo do Esquadrão por 1 a 0 na Fonte Nova quebrou uma sequência de 12 derrotas seguidas para o Fla, e Ceni enfim conquistou o seu primeiro resultado positivo diante do ex-clube.

A má fase rubro-negra não é por acaso: além de descompactado coletivamente, há um seleto grupo de jogadores em crise técnica: Samuel Lino, o reforço mais caro da história e alvo de pichação na Gávea, demonstrou a que veio. Tem 2 gols e 4 assistências, porém com a exceção de uma contribuição para gol, a origem dos números é no 8×0 ante o Vitória. Ayrton Lucas, Plata, Bruno Henrique e De La Cruz são outros que se encontram em má fase.

Esta pausa para a data FIFA é uma espécie de ultimato para Filipe Luís: com duelos decisivos na sequência diante de Botafogo, Palmeiras e Racing, ou ele abdica de certas “convicções” (como a baixa minutagem para Pedro e a insistência por vezes num esquema 4-2-4) e evolui o rendimento de um time que tem bem mais a ser extraído, ou tudo irá por água abaixo, inclusive até a sua renovação de contrato para 2026.

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