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Flórida torna crime abandonar animais durante furacões

O infrator poderá enfrentar até cinco anos de prisão e multas que podem chegar a $ 10 mil

Estado é o primeiro do país a criminalizar explicitamente o abandono de animais durante desastres naturais. Louisiana e Texas já estudam projetos semelhantes (Foto: Freepik)
Estado é o primeiro do país a criminalizar explicitamente o abandono de animais durante desastres naturais. Louisiana e Texas já estudam projetos semelhantes (Foto: Freepik)

A partir deste mês, abandonar um animal de estimação durante a passagem de um furacão ou outro desastre natural será crime na Flórida. A nova legislação, conhecida como Lei Trooper, foi sancionada pelo governador Ron DeSantis e estabelece penas severas para quem deixar cães ou outros animais amarrados, presos ou sem possibilidade de fuga em situações de risco. O infrator poderá enfrentar até cinco anos de prisão e multas que podem chegar a $ 10 mil, além de responder por crime de terceiro grau — o mesmo tipo de infração previsto para casos graves de crueldade animal. A legislação também determina que condados e cidades mantenham abrigos preparados para receber cães e gatos junto aos seus tutores.

A lei foi batizada em homenagem ao bull terrier resgatado pela Patrulha Rodoviária Estadual durante a passagem do furacão Milton, em outubro de 2024. O cão estava amarrado a uma cerca, cercado por águas de enchente, enquanto seu responsável abandonou o local em cumprimento à ordem de evacuação.

As imagens do resgate circularam por todo o país e causaram indignação nas redes sociais. Poucos dias depois, o tutor foi preso por crueldade animal, e o caso provocou um debate nacional sobre a ausência de legislação específica para esse tipo de situação. Trooper sobreviveu e foi adotado por uma família da Flórida, tornando-se símbolo da luta pela proteção animal.

Durante a cerimônia de sanção, DeSantis classificou a medida como “um ato de compaixão e responsabilidade”, destacando que a nova legislação “reflete os valores de uma sociedade que protege tanto seus cidadãos quanto seus animais”. A senadora estadual Jennifer Bradley, autora do projeto, afirmou que a lei “não busca punir tutores impedidos de salvar seus animais por motivos alheios à vontade, mas responsabilizar aqueles que os deixam conscientemente em perigo”.

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