Estados Unidos

Autoridades americanas alertam para perigos do cigarro eletrônico

Os cigarros eletrônicos estão na mira do Center for Disease Control (CDC). Os Estados Unidos identificaram ao menos quatro falecimentos ligados ao uso dos e-cigarrettes –um quinto caso ainda é investigado, mas não foi confirmado. A doença que causa a morte ainda não foi identificada, mas uma das possibilidades são os altos níveis de acetato de vitamina E entre os compostos químicos.

O Departamento de Saúde do estado de Indiana atribuiu uma morte à doença na sexta (6), e autoridades do estado de Minnesota confirmaram uma outra, no mesmo dia.  O departamento de saúde pública de Los Angeles divulgou, também na sexta (6), que está investigando se um falecimento também está relacionado à enfermidade.

Os estados de Illinois e do Oregon já haviam notificado casos fatais antes.

Os médicos identificaram e descreveram problemas nos pulmões de pessoas que usam cigarro eletrônico em publicações científicas como o “New England Journal of Medicine”. Eles classificaram a tendência como preocupante.

Os CDC e a FDA, agências que regulam fármacos e alimentos no país, estão trabalhando com os departamentos estaduais de saúde para tentar descobrir o que causa a doença que, segundo as autoridades, estaria associada ao vaping. Eles pedem que as pessoas evitem o consumo até o final das investigações.

Em muitos casos, os pacientes relataram usar produtos que incluíam maconha ou THC, o princípio ativo da maconha, antes de adoecer. As agências também alertaram para a alteração de dispositivos comerciais ou o consumo de substâncias caseiras.

Muitas pessoas acreditam que o vaping é mais seguro que cigarros tradicionais e o tabaco, que matam 8 milhões de pessoas a cada ano devido ao câncer e outras doenças, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Os cigarros eletrônicos são vistos como uma alternativa que poderia ajudar fumantes a parar de fumar e salvar vidas, embora autoridades de saúde ainda estejam estudando seus efeitos colaterais e riscos à medida que se tornam cada vez mais populares.

Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária informa que a comercialização, importação e propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009.

“Conhecidos por diversos nomes, dentre eles e-cigarette ou caneta vapor, o cigarro eletrônico surgiu como uma promessa de auxílio para quem deseja parar de fumar. O problema é que não existem estudos que comprovam a segurança na utilização do produto”, informa a Anvisa em comunicado.

Em julho de 2017, a Anvisa recebeu um documento de apoio da Associação Médica Brasileira (AMB) e das Sociedades Médicas a ela filiadas à proibição dos Dispositivos Eletrônicos no Brasil. O texto aborda quão nocivo pode ser o uso do cigarro eletrônico para a saúde do usuário. A AMB destaca, também, o poder do produto para atrair usuários jovens, instigando o hábito de fumar.

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