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Analista que disse que a Flórida escondeu dados da pandemia é alvo de operação policial

Policiais armados invadiram a casa da ex-analista de sistemas e apreenderam computadores e pen drives

Rebeka Jones foi despedida do governo em maio (foto: Facebook )
Rebeka Jones foi despedida do governo em maio (foto: Facebook )

Rebekah Jones, uma analista de dados que denunciou autoridades da Flórida de terem escondido os verdadeiros números da pandemia de covid-19 no estado foi alvo de uma operação policial nesta segunda-feira (7).

O Florida Police Department expediu um mandato de buscas na casa de Jones em Tallahassee. Ela filmou a operação e publicou no twitter.

Trata-se de uma ex-funcionária do governo estadual que ajudou a desenvolver o portal de dados sobre os casos de coronavírus na Flórida. Na época, ela alegou que o estado não estava sendo transparente no repasse das informações sobre os casos de covid-19 e acabou sendo desligada do cargo.

Após isso, ela teria criado seu próprio site e continuado a alimentar os dados com um viés diferente, avaliando quais condados estariam mais preparados para reabertura da economia.

Os investigadores, no entanto, acusam Jones de ter invadido um sistema de mensagem do governo para pedir a funcionários que se manifestassem sobre as mortes pela covid-19, segundo revelou o canal de televisão CNN. Eles teriam rastreado um endereço IP conectado à casa de Jones.

À emissora, Jones negou que tenha acessado qualquer sistema de mensagem e que perdera o acesso após ter sido demitida. “Eu não sou uma hacker”, disse.

No vídeo postado no twitter, vários agentes chegam armados. Ela acusa os policiais de terem apontado uma arma para sua filha de 2 anos, seu filho de 11 anos e seu marido.

Uma porta-voz da polícia, Gretl Pessinger, não disse por que os agentes sacaram as armas. Segundo Pessinger, os policiais bateram na porta e Jones se recusou a abri-la durante 20 minutos. Além disso, acrescentou a porta-voz, a família da analista estava no andar de cima quando os oficiais entraram.

Jones afirmou que policiais também “apontaram uma arma para meu rosto” e levaram seus computadores, seu telefone e pen drives.

Segundo ela, nos equipamentos apreendidos há “provas que [as autoridades estaduais] estavam mentindo em janeiro sobre coisas como relatórios interno e notificações do Centers for Disease Control (CDC)” além de “evidências de atividades ilegais do governo”.

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