País é celebrado na 30ª edição do Festival Internacional de Teatro Hispânico de Miami; diretor do evento conta por que escolheu o Brasil
DA REDAÇÃO – O Brasil pode estar em crise na economia e na política. Mas na arte, segue fascinando corações e mentes mundo afora. Prova disso é a mais recente edição do Festival Internacional de Teatro Hispânico de Miami, que homenageia o país pela primeira vez em sua trajetória.
O evento é um dos mais importantes dentro do calendário cultural de Miami e em sua 30ª edição promove três peças produzidas por companhias que têm brasileiros em suas direções. Além disso, o festival deste ano homenageia o dramaturgo Antunes Filho, um dos nomes mais icônicos nas artes dramáticas brasileiras, e teve seu pôster desenhado pela artista plástica brasileira Naza McFarren.
A seguir, Mario Ernesto Sanchez, diretor do festival e fundador do grupo Teatro Avante, conta ao AcheiUSA porque resolveu celebrar o Brasil.
Como surgiu a ideia de homenagear o Brasil nesta edição do Festival Internacional de Teatro Hispânico de Miami?
Desde 2008 nós já vamos homenageando diversos países e agora, em 2015, escolhemos o Brasil devido a sua vasta influência e contribuição à cultura ibero-americana, oferecida por excelentes arte teatral, circense, musical e de dança. A alta qualidade artística exibida pelo país, e a forma como ela é apresentada, com humor, além da música, da dança e das cores vivas, fazem do Brasil um país fascinante.
Qual a importância do Brasil no universo do teatro?
O Brasil deveria ser um continente, não um país. Sua vasta influência cultural no mundo é conhecida por muitos, e seu teatro é reconhecido em festivais pela sua grande qualidade artística, atores talentosos e temas fortes. Outro fator que faz com o Brasil seja mais conhecido é a forma peculiar como os brasileiros encenam suas histórias. Desde que o Festival Internacional de Teatro Hispânico de Miami ganhou projeção mundial nós já contamos com a participação de cerca de 20 companhias brasileiras de dança e teatro, todas recebendo ótimas resenhas da crítica especializada. Nós achamos que o Brasil tem de ser convidado todo ano.
O senhor conhece algum ator ou atriz ou dramaturgo brasileiro?
Mas é claro que sim! Como diretor de um festival eu recebo uma porção de convites para conhecer o trabalho de brasileiros. Também acabo sabendo de seus trabalhos por meio de outros festivais teatrais na América do Sul e na Europa.
Conhece as novelas brasileiras?
Não, infelizmente. Mas já ouvi que são as melhores do mundo, muito bem produzidas, dirigidas e atuadas. Eu gostaria de ter tempo de assisti-las, mas fico muito ocupado com meus afazeres à frente do Teatro Avante e do Festival Internacional de Teatro Hispânico de Miami.
