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Brasileira está internada em Miami à espera de um transplante de fígado

Leticia Rosa da Cunha, de apenas 17 anos, não sabe se será operada aqui ou no Brasil

Letícia em leito do Jackson Memorial Hospital em Miami
Letícia em leito do Jackson Memorial Hospital em Miami

DA REDAÇÃO – A adolescente Letícia Rosa da Cunha está em um leito hospitalar no Jackson Memorial Hospital em Miami.

Esse é o escopo da notícia sem nenhum glamour. Entretanto, a vida humana vale muito mais do que apenas uma frase. Por isto, vamos fazer um reward para entender como esta mineirinha de Mendes Pimentel, na região de Mantena, foi parar em um dos hospitais modelos do sul da Flórida.

A fonte das informações é seu pai, o pedreiro Valdinei Antonio da Cunha, de 46 anos. Há três meses, ele chegou aqui com a filha ao lado e muitos sonhos. Na verdade, trazia consigo o decantado (e hipervalorizado) sonho americano. Ou American Dream, para ficarmos na linguagem daqui.

A pergunta que não pode deixar de ser feita: “Como vocês conseguiram visto para entrar nos Estados Unidos nestes tempos bicudos?”. É sabido que a situação piorou bastante após Donald Trump ter assumido o governo e, mais ainda, após ele ter nomeado Jeff Sessions como secretário de Justiça.

Candidamente, Valdinei respondeu: “Viemos pelo México no esquema cai-cai”. Mas o que quer dizer sistema cai-cai deve indagar o solerte leitor. Pois aqui está a explicação. Trata-se, na verdade, da entrada pela fronteira sul através do México e consequentemente pela captura por agentes da Patrulha da Fronteira, a temida Border Patrol.

“Aí, não teve jeito. Fomos capturados pela Imigração e temos corte marcada para o dia 23 de agosto”, explicou Valdinei.

Isso, no entanto, não impediu Valdinei e Leticia de prosseguirem com seus planos. Seguiram para o sul da Flórida, se instalaram em Boca Raton e o experiente pedreiro não teve problemas para encontrar emprego e trabalhar na área da construção.

Seria, portanto, uma história similar a muitas outras vividas (e conhecidas) pelos imigrantes brasileiros, não fosse o destino preparar uma surpresa desagradável para a família Cunha. A jovem começou a inchar e o pai a levou para um hospital em Boca Raton. Os médicos logo perceberam que se tratava de algo mais grave e Leticia foi transferida para o Jackson Memorial Hospital em Miami, hospital ligado à Faculdade de Medicina da Universidade de Miami (UM).

Agonia de Leticia – e de seu pai

A adolescente Letícia antes da internação

Transferida para a ala infantil do hospital, Leticia foi diagnosticada com cirrose hepática. Seu estado é grave e ela necessita de um transplante de fígado urgente.

Valdinei explica: “No Brasil, a gente fala em hepatite. Aqui me disseram que é cirrose hepática. A médica nos disse que sua vida depende de um transplante de fígado”.

Após ter abandonado o trabalho para ficar ao lado do leito da filha, o mineiro de Mendes Pimentel já está há 10 dias acompanhando Leticia tomar medicamentos quase de hora em hora e presa a uma cama de hospital sem nada poder fazer, a não ser torcer para que esta situação seja resolvida o mais rapidamente possível – e, claro, com final feliz.

Para piorar a situação, a direção do hospital informou estar exigindo um depósito de $500 mil porque a menina não tem nenhum plano de saúde que possa cobrir suas despesas, que já devem estar bem altas, aliás.

A outra opção é embarcar de volta para o Brasil e tentar o transplante de fígado em uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS). A médica que está cuidando de Leticia sugeriu que ela deve ir para São Paulo ou Porto Alegre, cidades com melhor infraestrutura para este tipo de cirurgia. E normalmente a compatibilidade para este tipo de transplante tem mais possibilidades de dar certo quando envolver algum familiar.

Todavia, a médica somente vai liberá-la quando ela tiver condições para encarar uma viagem de avião tão longa, e isto pode demorar uma semana, duas semanas, um mês – somente seu corpo pode dar esta resposta. Ou seja, vai demorar algum tempo para que sua mãe Penha e irmã Gessy possam ver Leticia novamente.

Ajuda para Leticia

Preocupado com a jovem nesse momento tão difícil, o tio dela Evandro Silva, que vive em Newark, abriu uma conta no www.gofundme.com, com o objetivo de arrecadar verba para ajudar a cobrir as despesas hospitalares e pagamento de passagens de volta para o Brasil. Quem quiser contribuir deve acessar Leticia transferência Hospitalar. O objetivo é arrecadar $50,000.

Os telefones de contato da família são:

  • Pai Valdinei – (561) 334-7750 – EUA
  • Mãe Penha – 55 (33) 8809-7939 – Brasil
  • Irmã Gessy –  55 (33) 8849-6341 – Brasil
  • Tio Evandro – (716) 640-8321 – EUA
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