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Brasileira imigrante relata experiência de ser ‘Au Pair’ nos EUA

Priscila Sanches criou um canal no Youtube para relatar a própria experiência que foi positiva e de outras brasileiras que não foram tão felizes assim

Priscila hoje mora no Canadá
Priscila hoje mora no Canadá

DA REDAÇÃO – Vir para os Estados Unidos como “Au Pair” – programa voltado para jovens com idades entre 18 e 26 anos que se hospedam em casas de famílias para cuidar de crianças ou idosos – pode parecer, num primeiro momento, a melhor e mais barata opção para viver uma experiência no exterior. Mas, nem tudo são flores. Para falar um pouco sobre os prós e contras de ser Au Pair, a brasileira Priscila Sanches, de 24 anos, criou um canal no Youtube para relatar experiências de brasileiras na função. O canal conta hoje com mais de 15 mil seguidores.

“Eu estava no Brasil em um emprego legal, tinha um salário bom e então comecei a procurar intercâmbios de um mês, dois meses.  E nessas buscas achei o intercâmbio de Au Pair, que era um processo um pouco mais complicado, porém eu iria poder trabalhar e estudar por um ano ou mais”, conta Priscila. Ela disse que o que mais pesou foi o fato de o programa ser mais em conta do que um programa de intercâmbio convencional. “Eu me lembro que na época com tudo (documentação, visto, agência e etc) eu gastei em torno de R$3.500. Para quem busca um intercâmbio barato sabe que esse é preço de banana”, completa. Ela trabalhou no Michigan.

Priscila então se inscreveu no programa, começou o processo e passou a fazer parte de diversos grupos de Au Pair nas redes sociais. “Comecei a ficar mais conhecida nesse grupo quando as meninas que me seguiam nas redes sociais perceberam que eu tinha encontrado uma família muito boa e começaram a pedir vídeos falando da minha rotina, querendo saber do processo e etc. Foi quando conversando com um outro amigo YouTubee eu tive a ideia de finalmente criar o canal”.

Dificuldades  

Ela afirma que resolveu compartilhar a experiência para quebrar o tabu de que intercâmbio é coisa de “rico” e, por isso, resolveu compartilhar um pouco da sua história. “O canal foi crescendo, então eu tive a ideia do Storytime, que é um quadro onde eu convido Au Pairs do mundo todo para contarem suas histórias, a ideia surgiu porque eu queria mostrar que o intercâmbio pode nem sempre ser esse conto de fadas que eu estava vivendo”.

No canal tem muitas histórias boas e ruins, como a da brasileira Bela Hoffman, por exemplo, que passou por maus bocados. Ela trabalhava muitas horas extras e chegou a ser agredida pelo pai das crianças que ela cuidava. Ela acabou indo para casa de outra família que tinha quatro filhas. “Tenho dedo podre. Nesta outra casa não tinha carro, as crianças eram muito levadas e comi o pão que o diabo amassou. Foi uma experiência horrível”.

Mas Priscila afirma que a maior parte das histórias é boa. “Tem histórias surpreendentes no sentido de “coisa boa” também, tem histórias de meninas que não voltaram para casa porque se casaram, outras ficaram e entraram pro college/universidade. Algumas decidiram ser Au Pair em outros países, etc etc. Cada história é muito única e acho que por isso o canal tem crescido super-rápido”. Confira mais no canal www.youtube.com/channel/UCpVM31KWzsVwzsjzflNo2Pw.

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