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Brasileira indocumentada é presa em protesto em Connecticut

Ativistas foram presos depois de se recusarem a desbloquear uma rua durante um protesto decorrente do empate na votação da Corte Suprema das ações executivas do Presidente Obama

Camila Bortolleto foi detida durante uma manifestação contra o empate na Corte Suprema
Camila Bortolleto foi detida durante uma manifestação contra o empate na Corte Suprema

Na segunda-feira (27), nove manifestantes foram presos durante um protesto a favor da reforma imigratória em Hartford (CT). Na quarta-feira (29), todos eles foram oferecidos serviços comunitários em troca da anulação das acusações ou a mudança para “perturbação da ordem pública”. As informações são do Brazilian Voice.

Os ativistas foram presos depois de se recusarem a desbloquear uma rua durante um protesto decorrente do empate na votação da Corte Suprema das ações executivas do Presidente Obama na imigração. Os decretos de lei, caso aprovados, afastariam o risco da deportação e emitiria permissões de trabalho a milhões de imigrantes indocumentados.

A brasileira Camila Bortolleto, de 28 anos, uma imigrante indocumentada que reside em Brookfield e é co-fundadora do grupo de estudantes, estava entre os 20 ativistas que carregavam uma faixa cor de laranja em meio a Main Street, bloqueando o tráfego na tarde de segunda-feira.

“Nós estamos simplesmente cansados de esperar que a Corte Suprema faça algo, que o Governo faça algo”, disse Camila. “Já era hora de nos mobilizar e fazer alguma coisa”.

Bortolleto e outros oito ativistas permaneceram no meio da rua depois que a polícia alertou o grupo para sair. Todos eles foram presos e acusados de “perturbação da ordem pública”. Os ativistas compareceram ao tribunal na manhã de quarta-feira, quando receberam a oferta de 3 dias de serviço comunitário em troca da anulação das acusações, detalhou a brasileira.

Camila recebeu a permissão de trabalho e teve o risco de deportação afastado em decorrência das ações executivas de Obama na imigração em 2013, através do programa DACA. Ela disse não ter se arrependido de ter tomado parte da manifestação, embora tema que isso possa afetar a sua reaplicação para o programa em 2017, a razão pela qual ela decidiu optar pelos serviços comunitários.

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