Transplante, feito em março, foi indolor
O brasileiro Clinger Andrade proporcionou a uma outra pessoa, que ele sequer conhece, o melhor presente que alguém poderia ganhar: a vida. Registrado no Programa Nacional de Medula Óssea há mais de quatro anos, ele foi apontado como doador compatível para uma paciente com leucemia, cuja única chance de sobrevivência era receber as chamadas células-mãe de alguém saudável. No início de março, Clinger compareceu a um laboratório e, num procedimento indolor e rápido, cumpriu o que ele mesmo descreveu como “um sonho”: “Sempre ouvi os casos de gente que morria por falta de doadores e imaginava que um dia poderia ajudar. Finalmente, esta oportunidade chegou”, disse o brasileiro.
Clinger se registrou, em 2003, numa campanha da Fundação Icla da Silva. De acordo com o presidente da entidade, Airam da Silva, o maior obstáculo encontrado junto à comunidade brasileira para que casos como este se repitam com mais freqüência é a falta de informação: “Muitos pensam que a doação de medula óssea envolve cirurgia ou retirada de um osso. Na verdade, o procedimento é muito simples e o doador volta para casa no mesmo dia, sem internação”, explica.
Atualmente existem mais de 50 brasileiros à espera de doadores compatíveis de medula óssea aqui nos Estados Unidos. As chances de se encontrar o que chamam de “perfect match” (doador compatível ideal) é maior dentro da mesma raça. “Daí a importância de buscarmos mais doadores dentro da comunidade brasileira”, atesta Airam. Para mais detalhes sobre futuras campanhas, acesse o site www.icla.org.
