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Brasileiro reclama herança de família morta em Nebraska em 2009

Darcy Klein está nos Estados Unidos tentando reaver sua parte que alega não ter tido acesso

Em dezembro de 2009, um crime brutal ocorrido em Omaha, no Nebraska, chocou a comunidade brasileira que vive nos Estados Unidos. De acordo com dados da polícia, José Carlos Oliveira Coutinho, condenado à prisão perpétua pelo crime, espancou Vanderlei Szczepanik até a morte com um bastão de beisebol. Depois disso, enforcou a esposa Jaqueline Szczepanik e o filho deles, Christopher Szczepanik, de 7 anos.  Os corpos foram jogados no rio Missouri e apenas o do garoto foi encontro quase dois anos depois. A motivação teria sido desavenças no trabalho.

A família assassinada era de missionários brasileiros que morava na Flórida e foi transferida pelos dirigentes da igreja em 2005 para Omaha. Eles deixaram uma casa em Pompano Beach e uma quantia em dinheiro que, de acordo com inventário, teria que ser dividia entre os três filhos de Vanderlei e Jaqueline. Ele tinha uma filha que vive no Brasil e Jaqueline tinha outros dois filhos, Darcy Klein e Tatiane Klein. Darcy alega que somente Tatiane teve acesso à casa e ao dinheiro e, segundo ele, não passou nada para ele.

Em contato com a redação do AcheiUSA, Darcy, que morava em Lages (SC), disse que passou uma procuração para que a irmã resolvesse todas as pendências judiciais para ele, já que ela mora na Flórida. Os dois tinham uma relação amigável, até sair a herança. “Ela é minha irmã e confiei que ela faria tudo dentro da lei e que passaria minha parte. Não foi o que aconteceu. Com a procuração nas mãos, ela pegou a casa, $36 mil e não quer me dar minha parte. Não tenho qualquer contato com ela. Ela me bloqueou do Facebook e não atende minhas ligações”, disse Darcy que hoje está com 24 anos.

O jovem hoje está na Flórida, morando em Boca Raton e espera resolver o caso o mais rápido possível. Ele esteve em Omaha conversando com uma advogada sobre o caso e ela afirmou que não há muito o que fazer, pois ele passou a procuração para a irmã. “Eu só quero a minha parte para ir embora para o Brasil. Eu tenho direito”, disse. Ele irá entrar na Justiça para tentar reaver o dinheiro.

A reportagem tentou entrar em contato com Tatiane Klein, mas não obteve retorno.

Desdobramento do caso
O brasileiro José Carlos Oliveira Coutinho, acusado de ser o mentor do assassinato foi condenado em outubro de 2012 à prisão perpétua. Na época do crime, Coutinho trabalhava para Szczepanik — juntamente com outros dois brasileiros, Valdeir Gonçalves Santos e Elias Lourenço Batista — na reforma de uma escola em um centro religioso.

Como as vítimas desapareceram e não havia pistas sobre o paradeiro dos corpos, a polícia então prendeu os três brasileiros, após descobrir que eles usaram cartões bancários da família. À época, os três alegaram inocência.

Lourenço Batista acabou sendo deportado para o Brasil, em abril 2011, por falta de provas, enquanto os outros dois continuam presos.

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