Comunidade

Brasileiros são presos acusados de operar ‘farmácia móvel’ ilegal em Massachusetts

Maxsuel Ferreira Andrade, 26, e Renata de Lima, 37, ambos de Acton, em Massachusetts, são os primeiros de vários acusados, segundo a Divisão de Detetives da Polícia de Milford

Maxsuel Andrade e Roni de Lima. Foto: Brazilian Times

Um homem e uma mulher brasileiros foram presos essa semana sob a acusação de administrar o que a polícia descreve como uma “farmácia móvel” ilegal. Maxsuel Ferreira Andrade, 26, e Renata de Lima, 37, ambos de Acton, em Massachusetts, são os primeiros de vários acusados, segundo o delegado Robert Tusino, da Divisão de Detetives da Polícia de Milford. “É apenas um dos muitos dominós que cairão como resultado de uma investigação que envolve diversas agências”, disse ele. Tusino disse que a dupla está sob investigação há meses e que eles tinham como alvo a comunidade brasileira na região.

“Eles vendiam uma infinidade de drogas, incluindo antibióticos e antidepressivos”, disse o delegado. Tusino afirmou que investigadores que trabalhavam disfarçados organizaram a compra de clonazepam, um medicamento ansiolítico. Quando a dupla supostamente vendeu o medicamento aos policiais no dia 5 de janeiro, Maxsuel foi preso e uma intimação foi emitida para Renata. A polícia está acusando cada um deles de distribuição de substância de classe C; posse de substância Classe C; conspiração para violar as leis sobre drogas; e perigo para uma criança. A acusação de perigo infantil se deve ao fato de a dupla ter uma criança pequena no carro quando supostamente vendiam as drogas.

Liliana Costa, diretora executiva do Centro Brasileiro-Americano em Framingham, disse que esse tipo de atividade acontece porque algumas pessoas da comunidade sentem que não têm outra opção. “Penso que estes incidentes se devem à falta de opções de cuidados médicos, aos custos, à falta de informação e a algumas questões culturais”, disse ela. Liliana disse que as pessoas que tentam fazer este tipo de vendas não devem ser apoiadas. “Não acho que essas pessoas desempenhem um papel importante”, disse ela. “A maioria das pessoas na comunidade brasileira não concorda nem tolera essas situações”.

As autoridades alertam para os perigos de comprar medicamentos não regulamentados sem receita médica. “Você não sabe o que realmente está recebendo”, disse Tusino.

Maxsuel foi processado na segunda-feira no Tribunal Distrital de Milford e libertado sob fiança de $ 1 mil. Ele deve voltar ao tribunal em 7 de março para uma conferência pré-julgamento. Não se sabe quando será a primeira aparição de Renata no tribunal.

*com informações do Milford Daily News e Brazilian Times

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