Estados Unidos Geral

Cerimônias no país relembram os ataques de 11 de setembro de 2001

Milhares foram ao Ground Zero, em New York, no local onde antes erguiam-se as torres gêmeas do World Trade Center, para prestar homenagem às vítimas do ataque terrorista de 11 de setembro de 2001

Maior ataque terrorista em solo americano fez quase 3 mil vítimas em New York e Washington

Muitas das pessoas que estiveram este domingo no Ground Zero foram lá pela décima-quinta vez seguida. E mesmo mais de uma década depois dos ataques do dia 11 de setembro de 2001, para muitos permanece o luto e o sentimento de horror em um dia traumático para a nação.

“Não passa. O luto nunca vai embora, você nunca o supera, ele segue sempre conosco,” disse Tom Acquaviva à rede de TV NBC. Acquaviva, de Wayne, New Jersey, perdeu o filho Paul nos ataques e desde então comparece todo ano à cerimônia em memória às vítimas do atentado que derrubou as torres gêmeas do World Trade Center, em New York.

Andrew Card, chefe de estado do presidente dos Estados Unidos na época, George W. Bush, foi o encarregado de transmitir as terríveis notícias ao presidente, que visitava uma escola na Flórida na hora dos ataques.

“Aquele dia mudou todos nós,” disse Card à NBC. “Mudou a América. E o mundo.”

Granvilette Kestenbaum perdeu o marido astrofísico Howard naquele dia. Ela afirmou durante a cerimônia deste domingo que enquanto a nação e o mundo permancem divididos, o sentimento que acometeu a todos no dia do ataque ainda une pessoas de diferentes religiões, posições políticas e nacionalidades.

“As coisas que pensamos nos separar na verdade não nos separam. Somos todos parte desta mesma Terra e do vasto universo,” disse Granvilette. “Somos comuns, somos todos especiais, estamos todos conectados. Perdemos um tempo precioso ao pensar o contrário.”

James Johnson, sargento da polícia de New York City aposentado que trabalhou no resgate e recuperação de destroços no começo de 2002, disse que há um sentimento de contrição comum a todos que se lembram dos ataques.

Entre as as pessoas que foram ao cerimonial estavam famílias das 1.113 vítimas da destruição do WTC que não tiveram seus restos mortais recuperados porque nunca foram encontrados.

O vazio é como um fantasma “intangível, o oposto de alguma coisa física ou tangível,” tenta definir Chip Colwell, do Denver Museum of Nature & Science, que há anos aconselha famílias vítimas do 9/11. “Isso causa dor e sofrimento permanentes para muitas dessas famílias.”

Quase 3 mil pessoas morreram no dia 11 de setembro de 2001, quando aviões sequestrados por terroristas foram arremessados contra o World Trade Center, em New York, e o Pentágono, em Washington, D.C. Um terceiro avião caiu num campo perto de Shanksville, Penn. Foi o maior atentado terrorista da história em solo americano.

O presidente Barack Obama disse durante a cerimônia no Pentágono que a tenacidade das famílias das vítimas o inspirou, e citou a Escritura: “Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os na tábula do seu coração.”

Obama louvou a diversidade da América e rogou aos americanos que não deixem que seus inimigos os dividam. Chamou o dia de “difícil”, mas um “onde revela-se o amor e a fé nos seus corações e no coração de nossa nação.”

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