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Condado de Houston, na Geórgia, é um dos que mais entrega imigrantes para o ICE

Levantamento do site GPBNews mostra que 668 imigrantes indocumentados foram entregues à Imigração nos últimos anos

Adrian aguarda a Corte de Imigração FOTO CREDIT ADAM RAGUSEA CENTER FOR COLLABORATIVE JOURNALISM
Adrian aguarda a Corte de Imigração FOTO CREDIT ADAM RAGUSEA CENTER FOR COLLABORATIVE JOURNALISM

O Condado de Houston, na região central da Geórgia, tem 150 mil pessoas e está na mira do U.S. Immigration and Customs Enforcement (ICE). De acordo com levantamento do site de notícias local, o GPBNews, nenhum outro condado da região prendeu tantos imigrantes como Houston. Desde 2009, 668 imigrantes indocumentados foram detidos, contra 173 do condado vizinho de Bibb e 60 no condado de Peach, todos na mesma região.

Houston tem um grande número de imigrantes latinos em especial no bairro de Waner Robins. Uma imigrante não identificada foi presa a caminho do trabalho. Ela disse que avistou um carro de polícia, checou se estava acima da velocidade permitida, não estava, mas foi presa mesmo assim. “Ele estava me esperando”, disse em espanhol. A mulher vive nos EUA há 15 anos sem documentos e foi levada presa. Pagou $10 mil de fiança e agora aguarda a Corte de Imigração.

A polícia de Houston participa de um programa federal em que checa as impressões digitais dos imigrantes e entrega os registros para o ICE. Apesar disso, a polícia nega que esteja ‘perseguindo’ estrangeiros sem documentos.

“Eu nego isso com veemência”, disse o chefe da polícia W.H. Rape. “Os policiais estão fazendo a segurança da comunidade de um modo geral. “Nosso condado é grande e tem mais imigrantes que os demais, por isso os números são maiores”.

O mexicano Adrian Saucedo Luviano, de 30 anos, chegou aos EUA ilegalmente aos 17 anos, e é proprietário de uma pequena padaria. Ele viajou para Atlanta para comprar mercadorias e foi parado pela polícia. “Eu só tinha o passaporte em mãos e ele me levou preso”. Ele foi liberado sob fiança de $12 mil.

“Não somos contra ninguém. As leis imigratórias nos deixam entre a cruz a espada. Não gosto disso, mas não temos escolha”, finalizou o policial.

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