O governo da Coreia do Sul fechou um acordo com os Estados Unidos para a liberação de centenas de trabalhadores sul-coreanos. Eles foram detidos durante uma operação realizada em uma fábrica da Hyundai, localizada no estado da Geórgia. Na noite de segunda-feira (8), o ministro das Relações Exteriores, Cho Hyun, deixou Seul rumo a Washington, D.C., para negociar a permissão de reentrada dos deportados e propor a criação de um visto de trabalho especial para profissionais sul-coreanos, visando resolver as limitações que dificultam a alocação de mão de obra qualificada.
Em 4 de setembro, os agentes detiveram 475 pessoas suspeitas de viver e trabalhar ilegalmente nos Estados Unidos — cerca de 300 eram sul-coreanas. As autoridades de imigração alegam que os trabalhadores estavam em situação irregular, embora advogados especializados argumentem que muitos tinham autorização e estavam sob o programa de visto B-1 para visitantes de negócios. O governo enviará um voo fretado da Korean Air para Atlanta para repatriar os profissionais detidos.
O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae Myung, expressou surpresa e indignação com a operação, considerando-a excessiva e prejudicial às relações bilaterais. Ele ainda afirmou que o fato poderá afetar negativamente os investimentos planejados do país nos EUA, incluindo um fundo de $ 350 bilhões vinculado a um acordo comercial recente. Por outro lado, as autoridades americanas defenderam a ação alegando o cumprimento das leis de imigração.