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Corte do Arizona relata condições subumanas vividas por imigrantes em centros transitórios

No local, mulheres, crianças e homens são ‘jogados’ no chão de concreto sem alimento, cobertor e banheiro

Muitos imigrantes adoecem nos centros transitórios chamados de freezers
Muitos imigrantes adoecem nos centros transitórios chamados de freezers

Novas imagens de centros transitórios da Border Patrol -conhecido para alguns imigrantes como “freezers’- foram reveladas quinta-feira (18) por um Tribunal Federal no Arizona, como parte de um processo judicial que procura melhorar as condições destas instalações.

As fotos, tiradas a partir de gravações de câmeras de segurança, mostram dezenas de imigrantes que dormem no chão  e em bancos de concreto dentro desses centros de trânsito destinados a deter pessoas por não mais que 12 horas.

A filmagem mostra que a Border Patrol detém também mães e crianças pequenas que passam dias no ambiente gelado, logado e imundo. Uma das imagens mostra uma mãe trocando a fralda do filho no chão duro.

As imagens foram reveladas como parte do caso Doe v. Johnson, uma ação movida em junho de 2015 contra o Departamento de Segurança Interna (DHS).

A denúncia alega que a Border Patrol não cumpre o seu dever de fornecer camas, cobertor, serviços médicos, alimentação, água potável e banheiros para os detidos em centros temporários. Imigrantes nestes centros transitórios dormem entre lixo e não têm acesso a chuveiro, nem produtos básicos de higiene, de acordo com documentos judiciais.

“Estas condições são desumanas e isso é inconstitucional”, disse o advogado Nora Preciado do Immigration Law Center Nacional, um dos grupos que apresentaram a queixa quinta-feira.

“É ocasião muito rara em que o público pode ver dentro destes centros de processamento”, disse Preciado. “Muitos já se ouviu falar das caixas de gelo, mas acho que vê-los tem um efeito diferente. O sistema precisa ser reformado com urgência”.

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