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Departamento de Homeland Security planeja monitorar redes sociais de imigrantes

A partir de 18 de outubro, informações coletadas nas redes sociais poderão ser usadas em processos de imigrantes

Agentes de imigração checam documentação de estrangeiros
Agentes de imigração checam documentação de estrangeiros

DA REDAÇÃO, COM YAHOO – O governo americano está planejando, a partir do dia 18 de outubro, recolher informações em redes sociais de todos os imigrantes – incluindo portadores de green card e cidadãos naturalizados – e anexá-las a processos e investigações relativas a esses imigrantes. O Departamento de Homeland Security publicou recentemente no Federal Register, o diário oficial do governo, que quer incluir nos arquivos dos imigrantes “informações de mídias sociais, pseudônimos e pesquisas sobre pessoas”.

Esta ação não veio do nada e já vem sendo anunciada – e praticada – há algum tempo pelo governo, já que o uso de mídias sociais vem aumentando a cada dia. Em 2015, o DHS incluiu perguntas sobre mídias sociais em alguns formulários para vistos. Em fevereiro deste ano, o DHS anunciou que visitantes de alguns países teriam, inclusive, sua senha questionada. Em maio, a administração Trump incluiu em um questionário de visto por amostragem informações de mídias sociais dos últimos cinco anos.

O advogado de imigração, Adam Schwartz, afirma que esse tipo de ‘invasão’ fere o direito de ‘livre expressão’. “O DHS está vigiando as mídias sociais dos imigrantes e estrangeiros e nós achamos que isso é invasão de privacidade e fere o direito de liberdade de expressão”, pontuou.

A nova regra está aberta à discussão pública e será oficialmente implementada no dia 18 de outubro, se nada mudar.

Brasileira teve redes sociais reviradas

Em fevereiro, o AcheiUSA entrevistou a brasileira Maria* (nome fictício a pedido da entrevistada) que chegou sozinha aos Estados Unidos pela primeira na época com visto de turista em Miami. Ela disse que foi levada para a famosa ‘salinha’ e que no local teve o telefone revirado. “Eles olharam tudo: minhas conversas no WhatsApp, minhas páginas de interesse no Facebook e até mesmo as pesquisas que fiz no Google por meio do meu celular. Eu não sabia que eles tinham esse direito”, disse Maria que é de Governador Valadares (MG).

Ela afirma que, de fato, tinha a intenção de ficar um tempo nos Estados Unidos e que os agentes a pressionaram quando viram que ela pesquisou uma página sobre os tipos de trabalho para imigrantes em Boston. “Pensei que seria mandada de volta ao Brasil. Passei momentos de muito medo e apreensão”, disse a brasileira que conseguiu ser liberada depois do interrogatório.

 

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