A pequena Sofia recebeu alta em Miami
A pequena Sofia recebeu alta do Jackson Memorial Hospital em Miami na quinta-feira (2) depois de um ano internada. Ela se recupera do transplante multivisceral feito pelo médico Rodrigo Vianna no dia 10 de abril. Sofia nasceu com Síndrome de Berdon, doença rara que compromete o funcionamento dos sistemas digestivo e excretor.
A alta médica foi confirmada pelo advogado responsável pelo caso, Miguel Navarro. De acordo com ele, a partir de agora, o tratamento será feito pelo sistema homecare (tratamento em casa). A família irá se mudar para Deerfield Beach onde o custo de vida é mais barato que em Miami,.
O advogado contou que já providenciou junto à Justiça brasileira os medicamentos que serão necessários durante o tratamento. ”Fizemos um pedido ao Governo solicitando os medicamentos que a menina precisava. Tudo foi devidamente pago e, agora, o hospital concedeu alta”, explicou Navarro. Ele acrescentou ainda que o valor dos medicamentos é de aproximadamente $1,7 mil por mês.
Sofia já se alimenta pela boca com fórmulas lácteas e papinhas de legumes e frutas. Esses tipos de alimentos são dados em pequenas quantidades para que ela se acostume. Por meio da rede social, a mãe, Patrícia Lacerda, contou que a criança ainda recebe alimentação colocada diretamente no aparelho digestivo. “Para que ela se mantenha saudável é preciso que seja feito esse tipo de alimentação, mas será por pouco tempo”, explica Patrícia. A criança segue ainda em recuperação de uma cirurgia de colostomia (bolsa externa ligada ao intestino para facilitar a eliminação das fezes). Mesmo recebendo alta, a criança vai continuar em recuperação, no Estados Unidos.
O caso
Sofia nasceu em 24 de dezembro de 2013 e permaneceu internada no Hospital das Clínicas da Unicamp, em Campinas (SP). Lá, a menina recebeu atendimento e a família teve a confirmação de que ela era portadora da Síndrome de Berdon.
Para sobreviver, Sofia necessitava de um transplante multivisceral, que inclui estômago, fígado, pâncreas e intestinos. Ela está internada no Jackson Memorial desde 3 julho do ano passado, quando chegou aos Estados Unidos, depois que uma decisão judicial determinou que o SUS (Sistema Único de Saúde) bancasse o custo do procedimento. Antes de conseguir o doador, um norte-americano do estado da Flórida, Sofia já havia passado por três cirurgias no Brasil para amenizar o problema.
