Antonio Tozzi Esportes

E o placar fatídico repetiu-se…

Agora, o Brasil enfrentará o Peru em Boston para carimbar sua passagem para a próxima fase

Exatos dois anos e um mês depois do maior vexame sofrido pela Seleção Brasileira, quando os torcedores viram a seleção canarinho ser trucidada pela seleção alemã por 7 a 1 em Belo Horizonte, no Estádio do Mineirão, na semifinal da Copa do Mundo de 2014, a Seleção Brasileira voltou a ser protagonista do placar elástico de 7 a 1. Desta vez, mudaram o cenário e o adversário. Em vez do Mineirão em Belo Horizonte, o local da partida foi o Citrus Bowl, em Orlando, na Flórida. A competição também é outra. Em vez da Copa do Mundo, o torneio é a Copa América Centenário. E, finalmente, o adversário também foi outro. Em vez da poderosa Alemanha – atual campeã mundial de futebol -, a Verde Amarela derrotou a modesta Seleção do Haiti. Claro que a coincidência nos resultados motivou gozações, memes e piadas, mas a verdade é que a equipe nacional fez o que deveria ter feito: goleou o adversário mais fraco do grupo, após uma fraca atuação contra o Equador. Agora, o Brasil enfrentará o Peru em Boston para carimbar sua passagem para a próxima fase.

Boa vitória do time de Dunga

Claro que o adversário é ingênuo e a goleada brasileira não é motive para ufanismo. No entanto, a boa exibição do time de Dunga serviu como um treino de luxo e alguns jogadores se destacaram. O meia Philippe Coutinho, que vem jogando muito bem no Liverpool da Inglaterra, finalmente desabrochou na Seleção Brasileira. Além de ter feito o hat trick (três gols em uma só partida) – dois deles com chutes de fora da área -, Coutinho mostrou disposição e participou ativamente do jogo, buscando triangulações com os companheiros e tentando dribles. Os demais atacantes e meias também jogaram bem, com exceção de Elias, que há algum tempo não tem sido o mesmo jogador ativo que sempre preocupou os adversários. Daniel Alves também foi efetivo no apoio ao ataque, mostrando a força ofensiva que sempre demonstrou no Barcelona. Por falar nisto, ele deixou o Barcelona e se transferiu para a Juventus de Turim e disputará o Campeonato Italiano, além, é lógico, a Copa de Clubes Campeões da Europa. Além de Coutinho, o Brasil marcou dois gols com Renato Augusto, um com Gabigol e outro com Lucas Lima. Muita gente criticou Allisson por ter sido o primeiro goleiro brasileiro a sofrer um gol dos haitianos em toda história. Entretanto, a falha foi mais do sistema defensivo do que do goleiro. Marquinhos e Gil não conseguiram evitar o cruzamento de Nazon e Felipe Luís chegou atrasado na cobertura de Marcelin permitindo que o atacante anotasse o gol de honra do simpático time caribenho, provocando muita comemoração por parte dos torcedores haitianos.

Equador e Peru ficam no empate

No outro jogo do Grupo B, as seleções de Equador e Peru empataram em 2 a 2 – gols de Cueva e Flores para os peruanos e Enner Valencia e Miller Bolaños para os equatorianos. O resultado foi até mesmo surpreendente, porque o Equador era favorito. Entretanto, quem saiu na frente foi o time dirigido por Ricardo Gareca, que fez 2 a 0 em 15 minutos. Os equatorianos, que haviam jogado muito bem contra o Brasil, tiveram de ir à luta e buscar o empate. No último lance do jogo, porém, o atacante peruano desperdiçou a chance de decidir a partida a favor da seleção inca. O curioso neste jogo foi ver as atuações dos dois novos jogadores que atuarão no Brasileirão 2016: Christian Cueva foi contratado pelo São Paulo e deve reforçar o elenco tricolor. O ex-jogador do Toluca, do México, porém, não poderá atuar na Copa Libertadores da América justamente por ter jogado pela equipe mexicana. Já o zagueiro equatoriano Arturo Mina deverá formar a dupla de zaga do Atlético Mineiro com o conterrâneo Erazo, que ficou na reserva. Coincidentemente, o Palmeiras também contratou um zagueiro chamado Mina, que está no elenco da Colômbia disputando a Copa América Centenário. Serão caras novas para os torcedores brasileiros no segundo semestre.

Vasco continua invicto

Onde vai parar a série invicta do Vasco? Há 34 partidas sem saber o que é derrota, o time de Jorginho tem pulverizado marcas e quer mais. Único invicto das principais séries do futebol nacional, o Cruz-Maltino já estabeleceu o novo recorde em jogos oficiais do clube e empatará com o famoso Expresso da Vitória, da década de 40, na marca absoluta, caso não perca para o Atlético-GO, sábado (11), no Espírito Santo, pela oitava rodada da Série B. E depois, qual o próximo passo? Levando em conta dados históricos no Brasil, a boa fase terá que ser mantida pelo menos até o fim do mês para que os vascaínos alcancem o top-10 de todos os tempos. Botafogo e Flamengo ostentam as maiores invencibilidades do futebol brasileiro, com 52 partidas na década de 70. O Glorioso foi derrotado pelo Grêmio, no Maracanã, no 53º jogo, em 1978, e foi responsável por impedir que o Rubro-Negro quebrasse sua marca ao vencê-lo no ano seguinte. O grupo dos maiores invictos do país conta ainda com a Desportiva Ferroviária, do Espírito Santo, Bahia, Grêmio, duas vezes, Santa Cruz, São Paulo, Palmeiras e Sport. Caso fique até o final do mês imbatível, o Vasco chegará a 40, empatando no décimo lugar.

Fred é do Galo!

Por falar em Atlético-MG, os torcedores do Galo têm motivos para comemorar. A equipe é uma das mais fortes do Campeonato Brasileiro e agora ganhou o reforço de Fred, o goleador que levou o Fluminense a tantas vitórias e foi estrela do time campeão brasileiro de 2012, quando anotou 20 gols e foi o artilheiro do time. O presidente do Alvinegro das Alterosas, Daniel Nepomuceno, anunciou a chegada do novo reforço por seu twitter e provocou euforia dos atleticanos. A diretoria tenta inscrever Fred no BID (boletim que regulariza a situação dos jogadores) da CBF para que ele estreie justamente contra o Cruzeiro, cujo clássico está marcado para domingo. Esta estreia seria simbólica por reunir uma série de fatores que faria crescer ainda mais o interesse pelo jogo no Mineirão. Afinal, Fred foi um dos ídolos do Cruzeiro antes de ir para a França. Agora, poderá ser um dos carrascos do arquirrival. E o ataque do Galo é para meter medo mesmo. Além de Fred, que atuará como pivô, segundo o técnico Marcelo Oliveira, o time tem Robinho, Clayton, Carlos, Carlos Eduardo, os atacantes Lucas Pratto e Dátolo (este pode estar de saída) e o equatoriano Cazares, que também integra a seleção equatoriana. O único problema são as finanças, pois Fred recebe um dos salários mais altos do futebol brasileiro. Daniel Nepomuceno terá de se virar para manter as contas do Galo em dia.

Pittsburgh Penguins pode celebrar título

O Pittsburgh Penguins pode ter conquistado a Stanley Cup – título da NHL (National League Hockey) – caso tenha derrotado o San Jose Sharks, pois lidera a série final por 3 a 1. Se a equipe da Califórnia vencer, haverá outro enfrentamento no domingo. Em caso de nova vitória dos Sharks, o jogo 7 está previsto para quarta-feira em Pittsburgh. Apesar do leque de possibilidades, os especialistas acham difícil que o time da Pensilvânia deixe de comemorar mais um título da NHL.

Cleveland Cavaliers venceu Golden State Warriors

Após ter tomado duas surras em San Francisco Bay, o time de LeBron James reagiu em grande estilo e derrotou o atual campeão da NBA em Cleveland, também por boa margem de pontos: 120 a 90. A aposta do campeão da Conferência Leste é vencer novamente na sexta-feira (10) para empatar a série em 2 a 2. Depois, haverá jogos alternados em San Francisco, Cleveland e San Francisco, caso as finais cheguem ao jogo 7, programado para o domingo, 19 de junho.

Djokovic quebra maldição

Novak Djokovic é o tenista número 1 do mundo e parece não ter no momento um adversário à altura. O declínio de Roger Federer, as lesões de Rafael Nadal e a falta de competitividade de Andy Murray fazem com que o sérvio reine absoluto. Tanto é verdade que ele está aumentando cada vez mais sua coleção de títulos e já superou os $100 milhões em prêmios conquistados. Djoko já conquistou 65 títulos – dos quais 14 de Grand Slam – e figurou por 202 semanas como nº 1 do mundo, das quais 101 semanas consecutivamente. Por ter vencido Wimbledon e US Open ano passado e faturado os títulos do Australian Open e Roland Garros este ano, ele “fechou” o Grand Slam. Entretanto, ele quer mesmo ganhar Wimbledon e US Open em 2016 para igualar-se ao lendário Rod Laver. Simpático e brincalhão, Djoko tornou-se amigo de Guga e fez questão de celebrar o título no French Open desenhando um coração com raquete e deitando-se no saibro, a exemplo do que fizera antes o brasileiro.

Tênis feminino mais interessante

A punição de dois anos imposta à Maria Sharapova pode representar quase uma sentença de morte para uma atleta de alto nível. A russa foi pega no exame antidoping e condenada pela contraprova. A bela tenista, porém, está inconformada e promete reagir. Além de ficar afastada das quadras, a punição afeta diretamente sua imagem e prejudica seus contatos publicitários. Ou seja, um pesadelo. Ou Sharapova consegue provar que foi vítima de um mal entendido ou sua carreira será interrompida. Para ela, é má notícia, sobretudo agora que Serena Williams começa a demonstrar sinais de declínio. Antes, o tênis feminino era até chato de assistir, pois Serena era tão dominante que as adversárias já entravam derrotadas em quadra. Em 2015, Serena fez uma temporada brilhante, tendo conquistado Australian Open, Roland Garros e Wimbledon. Faltava apenas o US Open, em New York, para fechar o Grand Slam e se consagrar em sua terra. Entretanto, faltou combinar com a italiana Flavia Pennetta, que logo depois da conquista anunciou sua aposentadoria. No Australian Open, a alemã Angelique Kerber surpreendeu Serena e ganhou seu primeiro título de Grand Slam. Finalmente, em Roland Garros, foi a vez da espanhola Garbiñe Muguruza bater Serena Williams para faturar seu primeiro título de Grand Slam. Estas caras novas no tênis feminino animam porque ninguém sabe quem será a nova tenista a dominar o circuito como aconteceu com a própria Serena, com a alemã Steffi Graf, com Monica Seles e outras.

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