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Economia americana cresce mais que o esperado em novembro

Aumento na demanda por bens de capital revisa o crescimento do PIB para 3,5% nos últimos doze meses

Mercado de máquinas e equipamentos é responsável por 12% da economia americana

DA REDAÇÃO, COM REUTERS – Um crescimento maior do que o esperado na demanda por bens de capital em novembro sugere uma promissora recuperação para a indústria americana. Bens de capital são máquinas, equipamentos e serviços relacionados à produção de bens ou serviços de consumo, um combustível básico para a saúde econômica.

Dados divulgados pelo departamento de Comércio na terça-feira (20) revelam que a economia cresceu mais do que o previsto para o quarto trimestre de 2016. E ainda que o número de americanos que requereram o seguro desemprego tenha aumentado, os níveis de emprego permanecem dentro dos números que indicam um mercado de trabalho aquecido.

O aumento na produção de bens de capital, excluindo os relacionados à defesa, foi de 0,9 ponto percentual. Em outubro, o aumento foi de 0,2%.

A maior demanda foi por equipamentos elétricos, peças e equipamentos, assim como computadores e produtos eletrônicos. O dólar inicialmente aumentou em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, mas depois cedeu terreno e ficou estável. Os papeis do governo sofreram ligeira queda, mas o índice futuro da bolsa de valores subiu.

A queda acentuada no preço do petróleo no ano passado, associada à valorização do dólar, impactou o mercado de manufatura. Mas, com o preço do barril de óleo oscilando em torno dos $50, o setor, responsável por 12% da economia americana, dá sinais de recuperação.

No mês passado, as encomendas de bens de capital aumentaram em 0,2%. O índice faz parte de uma pacote que mede o produto interno bruto do país. O relatório do departamento do Comércio revela que o crescimento anual do PIB americano foi revisado para 3,5%, em vez dos 3,2% previstos. É o maior crescimento  desde o terceiro trimestre de 2014.

A correção para cima reflete um crescimento mais consistente no consumo, maiores investimentos em estrutura e em propriedades intelectuais, além do previsto, reforçando as bases da economia, o que contribuiu para o aumento das taxas de juros na semana passada. O banco central aumentou a taxa de juros do overnight em 0,25%, encorajado por um mercado mais aquecido. O FED (banco central) prevê pelo menos três outros aumentos em 2017.

Enquanto isso, o departamento de Trabalho divulgou um aumento nos requerimentos de seguro-desemprego. Apesar do aumento, a última semana de novembro foi a nonagésima-quarta seguida em que o índice ficou abaixo de 300 mil, considerado limite para o pleno emprego.

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